Sabará Hospital Infantil oferece tratamento especializado para DCR em crianças e adolescentes

Idealizado pela International Society of Nephrology, 10 de março foi instituído como o Dia Internacional do Rim e tem como principal objetivo conscientizar sobre a doença e reduzir o impacto da Doença Renal Crônica (DRC) em todo o mundo e incentivar os cuidados com a saúde dos rins.

Responsável por regular a pressão arterial, filtrar o sangue, eliminar as toxinas, controlar a quantidade de sal e água no organismo, produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas, entre outras, o rim é um órgão muito importante para o desenvolvimento infantil.

A DRC é identificada a partir da alteração da função dos rins e das vias urinárias por mais de três meses. Essa doença, diferente do que muitas pessoas acreditam, também atinge crianças e adolescentes nas mais diversas faixas etárias. Não existem dados recentes sobre casos em crianças, entretanto é consenso entre os especialistas que, nessa faixa etária, a doença é muito mais letal. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) mostraram, por exemplo, no Rio de Janeiro a incidência de 25 pacientes com doença renal terminal (necessitando de diálise) por um milhão de população infantil.

De acordo com a Dra. Maria Cristina Andrade, coordenadora do departamento de nefrologia do Sabará Hospital Infantil, “as crianças prematuras, que nascem com baixo peso ou possuem algum tipo de doença congênita no coração podem vir a desenvolver doença renal crônica”.

A especialista explica que além dessas crianças ainda existem os bebês que já nascem com alguma alteração no funcionamento dos rins e vias urinárias. “Esse tipo de caso normalmente é identificado em exames durante o pré-natal, facilitando o acompanhamento logo depois do nascimento”, explica a nefrologista.

De acordo com a especialista, a DRC é uma doença bastante “silenciosa”, já que os sinais podem demorar a aparecer dificultando o diagnóstico. “O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento das complicações relacionadas à DRC pediátrica, além de promoverem melhora do crescimento e desenvolvimento da criança”.

Por isso, os pais devem observar qualquer tipo de alteração no trato urinário. Uma infecção urinária ou qualquer tipo de alteração na quantidade de xixi devem servir de alerta para busca de orientação de um pediatra”, explica a pediatra.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, no Brasil, de cada 10 crianças que são tratadas com diálise ou transplante, cinco são portadoras de alguma doença cuja primeira manifestação foi infecção urinária. Além disso, outros sintomas podem ser observados como: inchaço no corpo (edema), vômitos frequentes, infecções urinárias recorrentes, atraso no crescimento e desenvolvimento, problemas ósseos, alterações em cor e aspecto da urina, alterações do hábito miccional, anemia de difícil tratamento e hipertensão arterial.

O Sabará Hospital infantil, especializado no atendimento pediátrico, possui uma equipe multiprofissional composta por nefrologistas, pediatras, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos preparada para o atendimento de crianças e adolescentes com doença renal crônica de alta complexidade. Entre os tratamentos oferecidos no Hospital está a diálise peritoneal, tipo de procedimento que pode ser realizado em domicílio cuja função é remover impurezas e excesso de líquido do sangue. “Optamos por esse procedimento por ser uma maneira de levarmos um pouco mais de conforto ao paciente e à família, já que evita as locomoções frequentes até a unidade de diálise”, explica a Dra. Maria Cristina.

Redação

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