Santa Casa de Porto Alegre aplica estratégias para driblar o déficit com SUS

A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS) busca, constantemente, desenvolver estratégias para minimizar o déficit que os atendimentos para usuários do Sistema Único de Saúde geram à instituição, valores que somaram, em 2017, mais de R$ 145 milhões. Para isso, parte das receitas obtidas com suas cafeterias, cemitério, estacionamento e Centro Histórico-Cultural (todos com administração própria); além das provenientes com atendimentos a clientes particulares e convênios privados, é destinada a minimizar este déficit, que, até julho deste ano, supera os R$ 91 milhões. Entre as atuais diretrizes da instituição, está a ampliação da produção e da receita por meio de ações como o desenvolvimento de novos serviços e/ou produtos em saúde, incluindo promoção da saúde e prevenção de doenças. Neste sentido, a Santa Casa ampliou a busca por novas estratégias e passou a ofertar a outros hospitais e clínicas gaúchas testes laboratoriais especiais desenvolvidos em seu complexo, que não constam no escopo de atuação destes estabelecimentos.

As principais linhas de frente as quais a instituição tem buscado ser fornecedora de serviços são os serviços de laboratórios (Biologia Molecular, Análises Clínicas, Microbiologia e Micologia), referências brasileiras na agilidade e precisão em análises de amostras. “A proposta deste movimento é ampliá-lo para os demais serviços da instituição com capacidade de produção ociosa, como os serviços de Medicina Nuclear e Hemodinâmica, através de exames de alta complexidade, dentre outros”, explica João Paixão, coordenador de Produto e Mercado da Santa Casa.

Outros movimentos dizem respeito aos projetos de Telemedicina e Telessaúde. A fim de aliar ações de saúde com qualidade e excelência a um maior número de pessoas e ampliar suas fontes de receita, a Santa Casa está em processo de desenvolvimento e incorporação de ferramentas tecnológicas para ofertar ao mercado a consultoria de seus médicos especialistas aos profissionais que atendem no interior do Estado e que não possuem especialistas no local.

Desta maneira, a instituição mantém o seguimento do propósito da sua fundação – há mais de 200 anos – que é o de prestar atendimentos em saúde para pessoas de todas as classes sociais, principalmente aos que não têm acesso a sistemas privados. “Nosso objetivo é captar pacientes particulares e de convênio – e agora, extramuros – a fim de gerar aumento no resultado econômico da Santa Casa, para que possamos, cada vez mais, seguir com a missão de atender os mais necessitados. Vale lembrar que a Santa Casa é regida pela legislação da filantropia, ou seja, destina mais de 60% dos seus atendimentos para usuários do SUS”, informa o diretor geral da Santa Casa, Julio Matos.

Redação

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