São Camilo cria horta para levar alimentos livres de agrotóxicos a pacientes e colaboradores

O cuidado com a qualidade de vida e o bem-estar integra uma série de ações de prevenção e promoção à saúde na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, tendo como um dos pilares o estímulo à alimentação saudável. Assim, surgiu, em março de 2020, em parceria com o Instituto Kairós, o projeto da horta urbana na Unidade da Granja Viana, em uma área de 16 mil hectares destinada ao cultivo de diversos produtos sem agrotóxicos, seguindo o modelo da agroecologia.

De acordo com Tatiana Cristina Sales Bononi, supervisora de nutrição da Unidade, todos os alimentos produzidos no espaço são utilizados no preparo das refeições de pacientes e colaboradores da Rede, beneficiando também as unidades Pompeia, Santana e Ipiranga.

“A Rede realizou um estudo para a construção de uma composteira, além de investir na implantação de meios de cultivos para a melhor produção de hortifrutis, como o consórcio de espécies e utilização de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC)”, ressalta.

Ela explica também que a Rede São Camilo SP criou um centro de treinamento para nutricionistas e cozinheiros dentro da Unidade de Cotia.

“Na Unidade Granja Viana, 100% das verduras são produzidas na horta, sem temperos artificiais, utilizando caldos (vegetais, frango, carne, PANC) para agregar sabor e valor nutricional às refeições. Os alimentos são usados integralmente, incluindo cascas e talos, com o objetivo de aproveitar o máximo de cada ingrediente e combater o desperdício”, reitera.

Hoje, o projeto conta com ao menos 30 espécies de PANC, além de mais de 85 variedades de verduras, ervas aromáticas, legumes e frutas. Do total produzido mensalmente, 17% atendem a pacientes e colaboradores da Unidade Pompeia, 28% de Santana e 27% do Ipiranga.

Dra. Aline Thomaz, CEO da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, destaca que o projeto tem como base o conceito ‘do campo para a mesa’, cujo propósito é contribuir para que o cultivo dos alimentos ocorra da forma mais natural possível.

“Esse processo gerou aprendizados importantes a todos, alinhados com a missão da instituição de promover a saúde de forma ampla, valorizando a qualidade de vida e os bens naturais que dispomos em busca de uma gestão mais sustentável”, reforça.

As ações não apenas viabilizam a oferta de alimentos mais saudáveis a todos, mas também contribuem com o meio ambiente, atraindo a atenção do Greenpeace. A organização não governamental ambiental incluiu a horta urbana em um documentário que reúne projetos que valorizam a agricultura familiar e agroecologia.

Redação

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