São Paulo começa vacinação contra sarampo e paralisia infantil neste sábado

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo dá início à campanha de vacinação contra paralisia infantil (poliomielite) e sarampo com um ‘Dia D’ extra neste sábado (4).

Mais de 4 mil postos de vacinação fixos e cerca de 300 postos volantes estarão abertos, das 8h às 17h, para a vacinação de 2,2 milhões de crianças que integram a população-alvo da campanha, composta por crianças com idade entre um ano e cinco anos incompletos (confira abaixo os dados regionais de população-alvo).

A meta é vacinar pelo menos 95% desse público. Não poderão ser vacinadas crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento para leucemia e pacientes oncológicos.

No calendário nacional, a imunização deve ocorrer entre os dias 6 e 31 de agosto, com um ‘Dia D’ em 18 de agosto, que também será realizado no Estado de São Paulo. Mais de 35 mil profissionais estão mobilizados na campanha no Estado, com suporte de cerca de 3 mil veículos, entre carros, ônibus e barcos.

“O objetivo de começar a campanha com este ‘Dia D’ extra é facilitar que os pais e responsáveis levem as crianças aos postos de saúde. Queremos elevar a cobertura vacinal contra poliomielite e sarampo entre as crianças entre um e cinco anos incompletos. As vacinas são seguras e fundamentais para a proteção da população-alvo”, afirma a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.

Atualmente, a cobertura vacinal de poliomielite em SP é de 70% e, de sarampo, 74,3%, conforme dados preliminares do PNI (Programa Nacional de Imunizações).

O esquema vacinal do Calendário Nacional de Vacinação é composto por três doses da vacina inativada poliomielite (VIP), administradas aos dois, quatro e seis meses, sendo necessários dois reforços com a vacina oral poliomielite (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

A imunização contra o sarampo é feito por meio da vacina tríplice viral, que protege também contra rubéola e caxumba. O esquema vacinal é de uma dose aos 12 meses, com um reforço aos 15 meses por meio da aplicação da tetraviral, que inclui a imunização contra varicela.

Polio e sarampo

A poliomielite está eliminada no Estado de São Paulo desde 1988, quando houve o último caso, no município de Teodoro Sampaio. Trata-se de uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito, atingindo geralmente membros inferiores. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (como saliva, tosse, espirro, mais frequentemente), ou objetos, alimentos e água contaminados com resíduos de doentes.

A circulação endêmica de sarampo foi interrompida no Estado no ano 2000 e não há casos autóctones. Casos esporádicos ocorreram eventualmente desde então, relacionados à importação do vírus de várias regiões do mundo onde ainda o controle da doença não foi atingido. Em 2018, por exemplo, São Paulo registra dois casos confirmados, importados da Ásia Ocidental e do Rio de Janeiro.

Ambas são doenças de notificação compulsória, conforme diretriz do Ministério da Saúde.

“A vacinação é fundamental para eliminarmos os riscos da circulação destas doenças no Estado de São Paulo. Esperamos, com os dois Dias D, atingir a meta de 95% de vacinados no Estado”, afirma Helena Sato.

Confira a população-alvo por região*:

Região Total
Grande São Paulo 1.088.062
Araçatuba 33.754
Araraquara 45.248
Barretos 20.036
Bauru 83.386
Campinas 210.915
Franca 35.363
Marília 51.674
Piracicaba 71.960
Presidente Prudente 35.282
Vale do Ribeira 16.226
Ribeirão Preto 68.369
Baixada Santista 90.824
São João da Boa Vista 37.109
Vale do Paraíba 123.400
São José do Rio Preto 67.540
Sorocaba 123.816
TOTAL DE SP 2.202.964

* meta é vacinar 95% do público

Redação

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