A vacinação contra sarampo e paralisia infantil (poliomielite) foi prorrogada até 14 de setembro no Estado de São Paulo. Nas próximas duas semanas, São Paulo pretende alcançar cerca de 350 mil crianças ainda não vacinadas contra ambas as doenças.
O objetivo é atingir a meta de vacinar 95% do público infantil, com idade entre 1 ano e menores de cinco anos. Em SP, há 2,2 milhões de crianças nessa faixa-etária, e mais de 1,8 milhão delas já foi imunizada contra ambas as doenças durante a campanha.
A Secretaria de Estado da Saúde convoca os pais e responsáveis para levarem as crianças aos postos até a próxima semana. As doses de vacinas contra ambas as doenças seguem disponíveis nos postos.
A estratégia prorrogação segue a recomendação do Ministério da Saúde. Cada município pode organizar suas estratégias conforme as necessidades locais, incluindo os que eventualmente já tenham atingido a meta.
O Estado já aplicou mais de 3,7 milhões de doses de vacinas contra ambas as doenças, garantindo a imunização de 1.862.819 crianças contra pólio e 1.843.885 contra sarampo, conforme aponta o balanço feito pela pasta, com base nos dados informados pelos municípios.
Para atingir o total do público-alvo, ainda é preciso aplicar cerca de 340 mil doses da vacina contra paralisia infantil e de 360 mil contra sarampo.
“Pedimos que os pais e responsáveis aproveitem essa prorrogação para levar as crianças aos postos. É fundamental aumentar a cobertura vacinal contra poliomielite e sarampo, contribuindo para eliminarmos os riscos da circulação dessas doenças no Estado de São Paulo”, afirma a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.
A vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos. A Secretaria também orientou as prefeituras paulistas para que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a vacina contra sarampo produzida pelo laboratório BioManguinhos. Além deste produto, os municípios também estão recebendo a vacina produzida pelo Serum Institute of India, enviada pelo Ministério da Saúde, e que contem a referida proteína. Essa vacina poderá ser aplicada normalmente nas crianças não alérgicas.
“Não há motivo para preocupação. No Brasil, a incidência de alergia ao leite de vaca é de 2%, portanto, trata-se de uma situação rara”, explica Sato. A reação alérgica pode ter como sintomas coceira, náusea, diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão do alimento ou produto com o componente. Diante de qualquer suspeita, os pais ou responsáveis devem levar as crianças ao médico.
Em São Paulo, a campanha foi iniciada em 4 de agosto, com um ‘Dia D’ extra feito exclusivamente no Estado. Outros dois ‘Dias D’ ocorreram, respectivamente, em 18 de agosto e 1º de setembro.
Não há registro de casos de paralisia infantil em SP há 30 anos e, desde 2000, não existem casos autóctones de sarampo no Estado.