Saúde mental em tempos de pandemia

Segundo levantamento feito pelo Instituto FSB para avaliar a saúde emocional da população no Brasil, 6 em cada 10 brasileiros que fazem terapia começaram tratamento durante a pandemia. O estudo apontou que 53% dos brasileiros relataram sentir ansiedade, 42% tem alteração de humor e 41% insônia. De acordo com dados do Our World In Data e JHU CSSE COVID-19 Data, a variante Ômicron – a mais atual e com um formato de propagação muito mais rápido, levanta a possibilidade de uma endemia do Covid19. Este contexto amplia ainda mais as preocupações com a saúde mental.

“O Transtorno de Ansiedade e a Depressão são, de maneira geral, as doenças psíquicas mais crescentes em nossa sociedade. Porém, com a chegada da Covid e suas variantes, a demanda para atendimento de casos cresceu de forma exponencial”, comenta Michelle Gomes de Sousa, Psicóloga Clínica e docente dos cursos técnicos e de graduação em Saúde da Faculdade Unyleya.

Os efeitos gerados pelo prolongamento da pandemia têm representado um grande desafio para os especialistas da área. “O isolamento social, as notícias mundiais de contagem de mortes, falta de leitos de UTI, o medo do contágio, a incerteza dos tratamentos e perdas de entes queridos trazem angústia e medo do desconhecido. Esse é um grande gatilho para esses transtornos”, completa Michelle.

A saúde mental está diretamente representada na forma como a pessoa reage às exigências da vida e ao modo como equilibra seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Michelle ressalta que dentro do aspecto biológico, é importante ter um boa noite de sono e cuidar da saúde física, com alimentação balanceada e exercícios físicos. “No que tange à parte psicológica, o fortalecimento das relações afetivas saudáveis, o autocuidado e autoconhecimento são essenciais. Ao tratar da questão social, é importante manter relações funcionais como o vínculo no trabalho, mesmo que por meio da tecnologia”, complementa.

Com o aumento na demanda por profissionais da saúde mental com a alta nos casos de doenças como ansiedade, depressão, fobias e o impacto das sequelas pós-Covid, a procura por cursos e especializações nas áreas de saúde aumentaram também. Só na Faculdade Unyleya, os cursos de enfermagem tiveram aumento de 30%.

“O perfil ideal do profissional da saúde inclui características como pró-atividade, dedicação, habilidade para lidar com intercorrências e pressão, assertividade e controle emocional. Dentro desse cenário, algumas das áreas cursos que tiveram crescimento nos últimos dois anos foram Enfermagem, Fisioterapia, Medicina e Psicologia”, finaliza Michelle.

Redação

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