Saúde reprodutiva da mulher é prejudicada pela pandemia de Covid-19

A diminuição do acompanhamento de rotina da saúde é um dos efeitos sociais da pandemia de Covid-19. De acordo com pesquisa recente da Fiocruz, uma das áreas afetadas pela necessidade de isolamento social, foi o acesso das brasileiras a métodos contraceptivos1. No ano passado, houve uma queda de 43% no número de atendimentos para implantação do DIU (dispositivo intrauterino), em comparação ao ano anterior, segundo dados do SUS.

Importante não apenas para o planejamento familiar, a oferta e o acesso a diferentes métodos contraceptivos fazem parte da estratégia adotada pelos sistemas de saúde público e privado como ferramenta de promoção do bem-estar das mulheres e para a diminuição da mortalidade materna.

“Na Qsaúde, trabalhamos com a gestão de saúde dos nossos clientes, com o contato próximo para entender quais são suas necessidades e todo o seu contexto de saúde, social, familiar e psicológico. A equipe da operadora, composta por médicos de família e pelos GuiasQ, enfermeiros e técnicos de enfermagem, acompanham toda a jornada de cuidado, para orientar e apoiar todas as suas decisões”, afirma a gerente geral de Enfermagem da Qsaúde, Érica Cardoso.

Logo que aderiu ao plano da Qsaúde em junho, a pedagoga Renata Rossetti, 34, decidiu pela implantação do DIU como método contraceptivo. Ela já havia usado DIU anos atrás e, em consulta com seu médico de família, decidiu que o dispositivo seria a melhor opção para o atual momento da sua vida. “O procedimento da colocação foi maravilhoso, super rápido. Foi perfeito para mim. Não tive problema nenhum com o atendimento do médico, nem com a solicitação para a Qsaúde. Todo o atendimento foi muito bom”, afirma.

Para a escolha do contraceptivo, os especialistas recomendam que sejam avaliadas características pessoais, comorbidades como diabetes e obesidade, tabagismo e caso anterior de trombose. E, somente com o histórico de saúde em mãos, a mulher pode definir, junto do seu médico, o método mais adequado para ela.

“A Qsaúde é uma operadora que acolhe e apoia o poder de escolha de suas clientes. Entendemos que decisão sobre o uso ou não do contraceptivo deve ser tomada pela mulher, em conjunto com seu médico, e estamos ao lado delas em todo o processo. Isso faz parte do DNA da empresa, que nasceu com a bandeira de diversidade. Atualmente, mais de 60% dos colaboradores são mulheres e 50% da liderança é feminina”, afirma a diretora-geral da Qsaúde, Vanessa Gordilho.

DIU

Estima-se que o dispositivo intrauterino seja utilizado atualmente por mais de 100 milhões de mulheres no mundo. O método pode ser encontrado em duas principais formas: de cobre, que libera o metal como espermicida, e o hormonal, com liberação diária de progesterona. Ambos têm eficácia de longo prazo e são métodos reversíveis.

Eventuais contraindicações para o uso do DIU vão depender da análise médica. Alguns dos motivos para isso, contudo, são gravidez, sangramento uterino anormal sem causa, pólipo endometrial, alguns miomas, malformação uterina, infecção pélvica, câncer de colo do útero ou alergia a algum componente do DIU.

“É crucial que haja diálogo entre a paciente e seu médico, para que o melhor método seja definido. E, para isso, é preciso que sejam consideradas as condições de saúde da mulher, todo o contexto no qual está inserida e o seus objetivos”, diz o diretor Médico da Qsaúde, Ricardo Casalino.

O modelo de DIU de cobre que hoje é amplamente utilizado, em formato de T, foi desenvolvido no fim da década de 1960. Posteriormente, foi lançado o modelo que libera progesterona. Estudos mostram que o DIU pode ter até 99,8% de eficácia – nenhum contraceptivo alcança a taxa de 100%.

Referências:

1 Fiocruz. Fiocruz pesquisa a saúde das mulheres na pandemia. Disponível em: portal.fiocruz.br/noticia/fiocruz-pesquisa-saude-das-mulheres-na-pandemia. Acesso em 19/08/21

2 OPAS. Covid-19 tem impactos “devastadores” sobre as mulheres, afirma diretora da OPAS. Disponível em: www.paho.org/pt/noticias/26-5-2021-covid-19-tem-impactos-devastadores-sobre-mulheres-afirma-diretora-da-opas. Acesso em 19/08/21

Redação

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