Segurança do Paciente: Brasil é campeão em eventos adversos preveníveis

Identificar corretamente o paciente, realizar a transferência do cuidado, higienizar corretamente as mãos e reduzir os riscos de quedas são ações fundamentais para reduzir o volume de intercorrências e o número de infecções dentro de uma unidade de saúde. Para debater o assunto, o Hospital Santa Cruz promoveu, no último dia 17 – Dia Mundial da Segurança do Paciente, um Fórum de Inovação sobre o tema. O evento reuniu mais de 70 pessoas, entre técnicos, enfermeiros, médicos e outros profissionais da área da saúde de Curitiba (PR) e região.

“Mesmo com uma equipe assistencial consciente e protocolos de segurança muito bem estruturados, precisamos entender que os resultados alcançados ontem, já não são suficientes hoje. Todos os dias a jornada começa do zero, porque cuidamos de pessoas e convivemos com o risco constante”, destacou o diretor geral do Hospital Santa Cruz, Claudio Enrique Lubascher, durante a abertura da programação. “O que faz diferença é ter atitude para promover qualidade e uma cultura permanente de segurança dentro da instituição”, completou.

Segundo a diretora de Relações Institucionais da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobraspe), Andrea Drumond, um incidente acresce mais ou menos nove dias ao tempo de internação do paciente e ocupa 10% da quantidade de leitos do país. “O Brasil é campeão em eventos adversos preveníveis, mas 70% deles não teriam acontecido se tivéssemos agido da forma certa”, enfatizou.

Para a gerente de Qualidade do Hospital Santa Cruz, Dra. Adriana Blanco, é preciso envolver todos os participantes no processo terapêutico, destacando o protagonismo do paciente e de seus familiares no sucesso do tratamento. “Eles também precisam ser engajados. E quando trazemos o paciente para o centro do cuidado, todas as estratégias ficam mais fáceis de ser implementadas”, compartilhou.

O evento contou ainda com a participação do idealizador do Robô Laura, o hacker ativista Jacson Fressato. O sistema desenvolvido por ele, baseado em Inteligência Artificial e Machine Learning, é capaz de identificar e alertar a equipe médica sobre os primeiros sinais de sepse em pacientes internados. Durante o Fórum, Jacson falou sobre o uso de tecnologia na prevenção de infecções hospitalares e a necessidade de políticas públicas nacionais sobre o tema, tanto para a saúde suplementar como para a rede pública.

Redação

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