Segurança é imprescindível em todos os processos da Saúde

O tema segurança do paciente ganha relevância no momento em que o sistema de saúde é testado ao limite. A incidência de eventos adversos leva a uma cadeia de resultados negativos, da morte de pacientes a prejuízos financeiros às instituições e colapso de atendimento. O Centro de Oncologia Campinas (SP) coloca a fiscalização da segurança do paciente entre as metas prioritárias. O cuidado à saúde é complexo e requer constante aperfeiçoamento e atualização.

Instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Dia Mundial de Segurança do Paciente é comemorado em 17 de setembro. Porém, a importância do significado da data exige que os cuidados com os pacientes sejam lembrados a cada dia de trabalho. O estímulo a uma prática assistencial segura se baseia em um conjunto de protocolos básicos, definidos pela OMS, que são as Seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente.

O Centro de Oncologia Campinas realiza constantes atividades voltadas à aplicação das Seis Metas. Na semana em que o Dia Mundial de Segurança do Paciente é lembrado, as ações do COC se ampliam no sentido de envolver todos os colaboradores e pacientes em eventos de reforço e conscientização.

Postagens nas redes sociais, teasers no circuito interno de TV do centro, palestras abertas aos interessados e encontros para debates de temas relacionados à questão ganham destaque.

Ações que envolvam profissionais de saúde e pacientes são necessárias para o fortalecimento da cultura de segurança, reforça Antonio Amaro Moreira, diretor executivo do Centro de Oncologia Campinas. “Nosso maior objetivo ao realizar ações é garantir que todos os nossos pacientes recebam cuidados seguros, em cada fase do seu tratamento, dentro de nossa instituição. E isso faz parte da nossa missão, que é proporcionar cuidado abrangente à saúde, impactando positivamente a vida das pessoas”, descreveu.

Solange Aparecida de Oliveira, enfermeira de qualidade do Centro de Oncologia Campinas, reforça que a segurança do paciente e a qualidade do serviço prestado caminham lado a lado. “A qualidade do atendimento depende da segurança nos cuidados com o paciente. É fundamental para todos os serviços de saúde”, destaca.

Processos básicos, como colocar a pulseira de identificação nos pacientes, são essenciais à prática assistencial segura, explica Solange, que alerta para a necessidade de engajamento do paciente no processo. “Os pacientes também precisam colaborar com a sua própria segurança. Nós orientamos, por exemplo, que sempre chequem se as informações da pulseira de identificação estão corretas, se os medicamentos ministrados são os que foram indicados. O paciente é a última barreira de segurança. Todos têm responsabilidades. Os profissionais da saúde e também os pacientes, que precisam se certificar de que receberão a qualidade máxima do atendimento”.

Metas

O Ministério da Saúde desenvolveu o Programa Nacional de Segurança do Paciente, para normatizar e estimular a prática assistencial segura. O programa é baseado em protocolos básicos, definidos pela Organização Mundial da Saúde.

As seis metas são:

Meta 1: identificação correta do paciente. É o primeiro passo para uma assistência segura e para garantir a qualidade do atendimento. No Centro de Oncologia Campinas, são usados como marcadores de identificação o nome completo do paciente, data de nascimento e nome completo da mãe. Essas três informações constam das pulseiras de identificação, prescrições médicas, etiquetas de medicamentos, entre outros.

Meta 2: Comunicação efetiva entre os profissionais de saúde dentro da instituição. A prática da comunicação efetiva é chave para garantir a segurança do paciente no Centro de Oncologia Campinas. Requer, para sua implementação, a adoção de ferramentas e de comportamentos padronizados que melhoram o trabalho em equipe e reduzem riscos.

Meta 3: Segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos. O Centro de Oncologia Campinas adotou medidas para aprimorar esse processo:  checagem dos dados da pulseira de identificação com o paciente; dupla checagem dos medicamentos, na dispensação e administração; envolvimento do paciente e familiares no processo de cuidado, para esclarecimento de todas as suas dúvidas.

Meta 4: cirurgia segura. No Centro de Oncologia Campinas, são respeitadas as diretrizes do Programa da Organização Mundial de Saúde para garantir a segurança do paciente em procedimentos invasivos. Há um protocolo de cirurgia segura, que adota medidas para possibilitar a comunicação efetiva da equipe e a prevenção ou redução de eventos adversos relacionados aos procedimentos cirúrgicos.

Meta 5:  higienização das mãos. É um processo simples, mas de imensa importância. Tem como objetivo prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde e garantir a segurança dos pacientes. No Centro de Oncologia Campinas, todos os profissionais de saúde seguem as orientações da Organização Mundial de Saúde sobre a higienização em cinco momentos distintos: antes do contato com o paciente, antes da realização do procedimento, depois da exposição a fluidos corporais, depois do contato com o paciente, depois do contato com áreas próximas ao paciente

Meta 6: reduzir o risco de quedas e de lesões por pressão. No Centro de Oncologia Campinas, antes de realizar o atendimento, a equipe de enfermagem avalia os pacientes quanto aos riscos e aplica ações preventivas.

Redação

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