A Smith+Nephew, companhia global especialista em tecnologia médica, realizou no mês de novembro a II Conferência Internacional Closer To Zero, desenvolvido em parceria com o Grupo IBES (Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde) para a prevenção de lesão por pressão (PLP). Realizado no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo, o evento reuniu profissionais e especialistas de diversas entidades de saúde de todo o país e teve como objetivo reforçar as boas práticas clínicas previstas pelo manual de certificação em PLP.
As lesões por pressão, também conhecidas como escaras, são feridas que aparecem na pele de pessoas que permanecem muito tempo na mesma posição, geralmente acamadas ou com mobilidade reduzida. Essas lesões surgem devido às partes moles dos tecidos serem comprimidas entre as proeminências ósseas e superfícies duras externas, como colchões inapropriados e a falta de uso de curativos para alívio de pressão. Outros fatores potencializam os riscos, como à fricção, às forças de cisalhamento e também a umidade constante na pele, como o caso de pacientes com incontinência urinária. Entre os fatores de risco, estão a idade acima de 65 anos, má circulação, imobilização, desnutrição, perda de sensibilidade e incontinência.
O processo de certificação Closer to Zero visa minimizar o sofrimento de pacientes com este tipo de lesão. Está estruturado em cinco capítulos, desdobrados em 98 padrões, sendo que para cada padrão, são definidos requisitos que devem ser atendidos pelas organizações de saúde que buscam enquadrar-se nessa certificação.
Para Elaine Costa, gerente de marketing da Smith+Nephew, a segunda edição da Conferência Internacional Close to Zero simboliza a realização de um grande sonho. “Contamos com sete hospitais certificados e dois que se encontram no processo de excelência da certificação. Este encontro mostrou a trajetória de cada hospital na busca das melhores práticas em prevenção, compartilhando iniciativas diferenciadas e ações efetivas que poderão apoiar outros hospitais que visam fortalecer e melhorar seus indicadores de saúde. Não é uma caminhada fácil, mas todas as instituições participantes melhoraram em até 57% as não conformidades identificadas no início do processo de certificação, contribuindo para a ausência de casos de lesão por pressão em até três meses em alguns dos hospitais”, comemora a executiva. Ela complementa que, em 2023, a perspectiva é agregar outros hospitais na busca pela prevenção das lesões por pressão.