Software automatiza gestão de clínicas e reduz paper work dos médicos

Cursos de medicina ensinam a salvar vidas, cuidar da saúde de pessoas, curá-las e outras atividades nobres e fundamentais. Não ensinam, porém, tudo que um médico precisa saber para exercer sua profissão. Administração, gestão financeira e organizacional, entre outras disciplinas necessárias para a condução de um negócio próprio, seja um consultório ou uma clínica que, por conta das diferenças entre reembolsos pagos por planos de saúde, procedimentos realizados e diferentes comissionamentos pagos a cada médico, tem uma gestão pra lá de complexa.

“Médicos não são preparados para empreendedorismo, administração, contabilidade e outros requisitos para empreender”, diz Helton Marinho, CEO da Ninsaúde e desenvolvedor do Apolo, software que utiliza Machine deep Learning (Aprendizado profundo de Máquina) para automatizar ou, pelo menos, simplificar processos e rotinas não estão relacionados à atividade fim de clínicas com até 60 colaboradores. Criada em 2012, a healthtech disponibiliza seu sistema a mais de 200 clínicas em 17 estados brasileiros, além de Peru e Panamá.

Apolo possibilita que prontuários sejam preenchidos por voz – os áudios são convertidos em texto -, alterações de horários ou cancelamentos de consultas – que o paciente pode fazer diretamente no site da clínica – sejam comunicados, via celular e em tempo real, aos médicos que, sabendo se e quando precisarem ir à clínica, podem consultar históricos de pacientes a partir de poucos cliques em qualquer lugar. O mesmo ocorre quanto à emissão de laudos, já que o sistema opera em nuvem. O Apolo também realiza a gestão financeira, com controle de receitas, depósitos a fornecedores e agendamento de despesas recorrentes. Ao centralizar essas informações e encaminhá-las aos envolvidos, garante uma atualização constante de tudo o que está relacionado ao negócio, elevando a produtividade.

“O sistema aprende as rotinas das clínicas e, por meio do Machine deep Learning, vai se adequando cada vez mais às suas particularidades e demandas”, diz Helton Marinho, CEO da Ninsaúde. “Em pesquisas sobre históricos, por exemplo, surgem primeiro os de pacientes ativos e dos que têm consultas agendadas. A usabilidade melhora constantemente, o que torna o dia do médico mais produtivo, reduzindo o tempo que ele tem de ficar em frente ao computador. Desta forma, pode dar mais atenção ao paciente e, com a redução da burocracia, realizar mais atendimentos”, afirma.

Além de aumentar a produtividade de clínicas e seus profissionais, o Apolo também combate um dos principais problemas vividos pelos profissionais da área. Estudo da plataforma Medcaspe com 15 mil médicos de diferentes países apontou que a burocracia é a principal causa do burnout entre médicos. A categoria é a mais afetada pelo. No estudo, 44% dos entrevistados sofriam de burnout.

Outro ponto destacado por Helton é a crescente concorrência que existe hoje no mercado de saúde. “O Brasil é o segundo país em número de faculdades de medicina. O número de médicos, hoje de 400 mil, chegará 700 até 2030. A competição entre clínicas crescerá muito, o que forçará os profissionais a se tornarem cada vez mais produtivos, o que parte, entre outros, da adoção de gestão e administração eficientes”, afirma.

Um carro em guias não cobradas

Além dos benefícios aos atendimentos médicos, o Apolo realiza a gestão financeira, talvez a parte mais complexa da administração de uma clínica. “Nenhum médico sabe quanto ganha ou quanto gasta em seus atendimentos. Identificar a remuneração envolve muitas variáveis que, para a clínica, são muito mais complexas e numerosas”, diz Ana Paula Monteiro, sócia da Plus, empresa que administra dezesseis clínicas em Criciúma (SC).

Ela explica que, em uma mesma clínica, médicos recebem comissões diferentes. “Além dos percentuais destinados a cada um, a remuneração varia conforme os procedimentos realizados, que são reembolsados com valores que variam de um plano de saúde para outro”, diz.

Outro ponto é a aprovação dos procedimentos pelos convênios e a solicitação dos reembolsos. Com tantas variáveis, há casos em que a falta de controle ou mesmo de atenção de secretárias e gestores fazem com que procedimentos aprovados e realizados não sejam cobrados junto aos planos de saúde. “Em uma das clínicas em que já atuei, as guias de cobrança não encaminhadas somavam valores que comprariam um automóvel”, lembra Ana. “Dos sistemas que conheço, o Apolo é o que mais simplifica a gestão de uma clínica”, conclui.

Redação

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