A pandemia da Covid-19 reafirma cada vez mais à sociedade a importância dos médicos no dia a dia da saúde. Claro, todos temos de destacar aqueles que saem de casa para assistir o próximo, mesmo sabendo que podem ser infectados e que correm risco de morte.
Por outro lado, é dever de todas as entidades representativas mostrar o outro lado da moeda e tomar a defesa de especialistas que hoje encontram-se em situação financeira delicada. Ocorre que, em virtude da pandemia do novo Coronavírus, houve redução expressiva no número de atendimentos a consultas e procedimentos cirúrgicos, provocando queda do faturamento de consultórios e clínicas, em diversos casos inviabilizando a sua manutenção.
A Associação Paulista de Medicina (APM) iniciou um movimento no sentido de buscar soluções para os afetados economicamente, recebendo apoio da SOGESP – Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo.
Partindo do entendimento de que neste momento as receitas dos planos de saúde se mantiveram uniformes contra uma despesa muitíssimo menor, impactando positivamente índices de sinistralidade, e que houve autorização legal e do Conselho Federal de Medicina à realização de atendimentos por Telemedicina, pleiteamos às operadoras que sejam adotadas providências visando a preservação da capacidade assistencial médica, em especial nos consultórios e clínicas.
APM e SOGESP solicitam que as empresas avaliem os mecanismos de remuneração de atendimentos realizados por Telemedicina, adotem providências visando a preservação da capacidade assistencial médica, em especial nos consultórios e clínicas, e remunerem a rede prestadora credenciada pela média dos valores de produção apresentada nos seis meses anteriores a decretação da pandemia (setembro de 2019 a fevereiro de 2020).