SUS oferece tratamento médico que também trabalha a espiritualidade do paciente

A espiritualidade em alguns dos principais hospitais da rede pública do país deixou de ficar limitado à caridade das visitas dos representantes religiosos e passou a integrar, cada vez mais, a ciência. Hoje, hospitais de referência como Instituto Nacional do Câncer (Inca), Hospital Antônio Pedro (HUAP – Universidade Federal Fluminense), Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (UniRio) e no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde há um departamento psiquiatria que inclui a espiritualidade entre os itens pesquisados no tratamento. O acesso é gratuito e já apresentou resultados em doenças e síndromes de variadas naturezas.

Chefe do Departamento de Cirurgia Geral e Especializada da Universidade Federal Fluminense (UFF), José Genilson Ribeiro vem aplicando a Medicina Integrativa na sua rotina médica. Doutor em Medicina pela UERJ e professor de Medicina e Espiritualidade da UFF, o especialista debate a relação entre conhecimento acadêmico e a espiritualidade na prática clínica no segundo dia do Congresso Luminarium, que acontece de 5 a 7 de julho, no Centro de Convenções SulAmérica, no Centro do Rio de Janeiro.

Segundo José Genilson Ribeiro, a medicina integrativa já apresentou resultados surpreendentes. Um dos cases de sucesso foi com uma paciente portadora da Doença de Crohn e câncer no rim. Ela tinha indicação para operar o tumor, só que não foi possível pelo estado psíquico da paciente. Após sessões de reiki, acupuntura e psicoterapia, foram controlados e ressignificou tanto o câncer quanto o Crohn, este último que causa irritação do intestino, diarreias etc.

Ainda de acordo com o médico, não podemos separar o binômio mente-corpo, esquecendo de analisar em um tratamento, por exemplo, emoções, os sentimentos, as reações instintivas não racionalizadas. “Se guardarmos mágoas, frustrações ou se vivermos em um ambiente altamente estressante e de conflitos, com certeza, esses problemas psicoespirituais vão interferir em no organismo físico”, alerta o médico da UFF.

Como solução, Ribeiro fala que é essencial tratamentos alternativos na busca pela cura do paciente, como a medicina tradicional chinesa, a acupuntura, a homeopatia, o reiki, entre outras técnicas. A ideia é trabalhar em conjunto e integralmente, transdisciplinarmente, em prol de resolver da melhor maneira. “A doença começa primeiro na alma para depois se instalar no corpo”, sentencia o especialista do hospital niteroiense.

Na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, há também o Núcleo de Espiritualidade e Saúde, assim o estudo da relação espírito e corpo já conquistou espaço dentro da Associação Brasileira de Psiquiatria. Desde 2014, também foi criada a Liga Acadêmica de Medicina e Espiritualidade (Liame) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A UFRJ também já tem criada a liga de medicina e espiritualidade.

Ainda no Rio de Janeiro, na Escola de Medicina Souza Marques, desde 2016 foi criada a liga acadêmica de Medicina Integrativa. E na Unigranrio a liga acadêmica de Medicinas e Espiritualidade (Liame) é bastante atuante desde o ano de 2015 .

Estimativas apontam que, na Europa e nos Estados Unidos, cerca de 80% das faculdades já têm essa cadeira no currículo.

As inscrições para o 1º Congresso Internacional de Ciência, Consciência e Espiritualidade estão abertas e os interessados em participar poderão se inscrever por meio do site: www.congressoluminarium.com.br.

Redação

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