Todo médico admite que o tratamento de queimaduras envolve múltiplos desafios. Existe um grande risco de infecções e epitelização deficiente, além da falta de locais doadores de auto enxerto, um fator limitante para a obtenção do fechamento de feridas em casos de extensas lesões de pele.
Em cooperação com cirurgiões do centro de queimaduras do Hospital da Cruz Vermelha de Beverwijk, na Holanda, a Humeca redesenhou e modernizou a técnica Meek, tornando-a mais do que um expansor ao utilizar um aparelho especialmente idealizado para o atendimento à pacientes com área corporal bastante afetada.
Importadora de produtos para o setor médico-hospitalar, a EFE detém a distribuição das marcas Humeca (holandesa) e Heine (alemã) com exclusividade no Brasil, sendo a responsável por trazer ao mercado nacional o expansor de pele de microenxertos para grandes queimados que promete revolucionar o tratamento.
No Brasil, a técnica vem sendo aplicada com sucesso em cirurgias no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília (DF), Hospital Santa Paula e Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), ambos na capital paulista. Em Olinda (PE), um difícil caso que requereu várias cirurgias também pode ser tratado com a técnica pelo Dr. Marcelo Borges, coordenador do SOS Queimaduras e Feridas no Hospital São Marcos, integrante da Rede D’Or Pernambuco.
A aplicação demonstra inúmeras vantagens em comparação ao enxerto em tela, garantindo aos pacientes grandes queimados menor perda de tecido, diminuição no tempo de tratamento e redução nos riscos da internação.
História
A técnica Meek foi desenvolvida pelo médico Cícero Parker Meek (1914-1979) em trabalho no Hospital Aiken County, na Carolina do Norte, Estados Unidos. Os primeiros resultados, publicados em 1958, foram baseados na expansão de microenxertos de pele.
Com o advento dos expansores em tela, o Meek foi esquecido até os anos 90, quando, no Hospital da Cruz Vermelha em Beverwijk, Países Baixos, sofreu modificações com colaboração da Humeca. Assim, desde 1994, a empresa vem demonstrando a eficiência da técnica para grandes queimados e o quanto Cícero Parker foi excepcional na terapia de queimaduras.
“Inúmeros testes foram executados provando sua eficácia, principalmente por gerar quase zero perda de tecido doador e real expansão pré-determinada pelas gazes plissadas”, explica Flavio Lemos, diretor da EFE.
Técnica
A técnica consiste, primeiramente, em extrair a pele da área doadora e colocar o lado da derme sobre as cortiças com 42x42mm cada. Os dois quadrados são encaixados na base deslizante do Meek, que primeiro cortará em tiras e depois, girando 90°, fará 14×14 quadrados de pele, que serão borrifados na epiderme com adesivo médico. Logo após, o lado da derme é colado nas gazes plissadas. Removendo as cortiças, os enxertos se aderem às gazes.
Cada gaze deve ser puxada firmemente em todos os sentidos, distando os microenxertos na expansão escolhida de 1:2 a 1:9. As gazes com os enxertos aderidos deverão ser postas e fixadas sobre toda a área queimada, inclusive, podem ser cortadas para melhor adaptação e cobertas com atadura não adesiva por cinco a seis dias, ficando até a epitelização ser completada.
Com a técnica, todos os pequenos pedaços do enxerto são usufruídos e nada se perde, o que é um detalhe importante na coleta da pele de pacientes com mais de 30% do corpo afetado, já que permite utilizar as pequenas áreas disponíveis. A aplicação possibilita obter pequenas ilhas de enxerto de 3x3mm igualmente espaçadas e organizadas em uma superfície, aproveitando a área da borda e acelerando a epitelização.
O Meek Micrograft pode reduzir o tempo de recuperação do paciente em até 50% quando comparado ao uso do expansor de tela. Flavio Lemos destaca que foi comprovada também a redução do tempo de hospitalização e os excelentes resultados da solução em combinação com geradores dérmicos, como Integra® em spray queratinócitos autólogos cultivados.
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