Como a Covid-19 está mudando as práticas na segurança do paciente

O Dia Nacional da Segurança do Paciente, lembrado em 1° de abril, reforça a conscientização de toda a sociedade para o tema.

A disseminação mundial do novo coronavírus (Covid-19) tem revelado ao mundo e, principalmente ao Brasil, a importância de cuidados básicos de higienização como umas principais formas de evitar o contágio pela doença.

Já nas unidades de saúde, esse é um dos aspectos de maior relevância no atendimento e está vinculado ao Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), do Ministério da Saúde, criado para qualificar o cuidado na assistência hospitalar. Esse programa envolve, além de gestores e profissionais da área, o próprio paciente e familiares com o objetivo de oferecer uma assistência segura.

Mudanças no atendimento

Para Fernando Paragó, diretor Médico Corporativo da Pró-Saúde, entidade que gerencia 23 hospitais públicos e privados pelo país, a Covid-19 trouxe a necessidade de ampliar atenção na anamnese, nome dado para a entrevista inicial realizada pelo médico com o paciente.

“Como os sintomas da Covid-19 são semelhantes ao de doenças menos graves, o profissional médico precisa melhorar a triagem, trazer à tona informações do paciente que ajudem no diagnóstico e possam garantir o tratamento adequado”, diz.

O diretor comenta que as unidades de saúde gerenciadas pela Pró-Saúde em todo o país reforçaram algumas medidas na assistência. Entre elas estão a comunicação segura, a higienização das mãos e a lesão por pressão.

“Essas também são metas internacionais adotadas em todas as unidades de saúde, porém a sua ampliação reforça a segurança entre os profissionais e a busca por melhores resultados. Além disso, diminuir as infecções hospitalares é uma necessidade para prevenção de IRAS e infecções cruzadas”, complementa.

As IRAS são as Infecções relacionadas a assistência à saúde e estima-se que, no Brasil, a taxa de infecções hospitalares atinja 14% das internações, de acordo com o Ministério da Saúde.

A humanização para diminuição do pânico

O Brasil vive um cenário de ansiedade pelas consequências do que pode ocorrer na saúde e na economia. Sem as devidas ações de políticas públicas, o colapso do sistema de saúde poderá ocorrer ainda no mês de abril, quando pico de contaminação pela doença estará avançado.

Diante dessas circunstâncias, os profissionais de saúde devem trabalhar com ferramentas além da medicina, como a empatia e solidariedade para auxiliar na comunicação com o paciente. Com mais de 50 anos na área de gestão hospitalar e com uma política institucional embasada também na humanização no atendimento, o diretor médico da Pró-Saúde reforça a importância desse trabalho como garantia de qualidade e na própria segurança do paciente.

“Atuamos com cerca de 16 mil colaboradores e realizamos mensalmente mais de 1 milhão de atendimentos em todo o país. Nossa atuação busca garantir e reforçar a importância da humanização, pois os pacientes respondem melhor aos procedimentos clínicos e garante uma saúde mental fortalecida, fundamental no momento de pandemia”, conclui.

A Pró-Saúde é uma instituição responsável pelo gerenciamento de 23 unidades de saúde em 12 estados brasileiros. Com 52 anos de experiência, está entre as principais gestoras em saúde no país.

Redação

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