Tecnologia vira ponto indispensável nos cuidados com saúde mental

Com as rotinas cada vez mais dinâmicas e corridas, a preocupação com os cuidados com a mente e o corpo tem ganhado destaque nos últimos tempos. De acordo com pesquisas realizadas pela USP, o país se tornou campeão em casos de depressão e ansiedade no último ano, atingindo, respectivamente, as marcas de 59% e 63% dos respondentes. Isso, somado à necessidade do distanciamento social abriu espaço para uma nova discussão: qual o papel da digitalização para auxiliar nos cuidados com o bem-estar mental e emocional da população?

Para Cristian Rocha, CEO e cofundador da Laura, healthtech que utiliza a tecnologia para democratizar o acesso à saúde, as ferramentas tecnológicas têm um papel fundamental no fomento e na facilidade para os cuidados. “A criação de plataformas e aplicativos voltados para a saúde, em especial a mental, tem sido crucial para que a população busque ajuda. Isso porque essas ferramentas, além de romperem as barreiras físicas, também trazem uma facilidade maior para os pacientes, uma vez que têm uma interface simplificada, bom custo-benefício e disponibiliza diversos mecanismos para os cuidados independente do dia ou horário que aquele indivíduo precise”, afirma Rocha.

Segundo o especialista, outro ponto importante é, justamente, a aceleração dos processos digitais. “Com um público cada vez mais imerso nos smartphones e dispositivos móveis, a mudança de cultura pede que as dinâmicas da sociedade sejam cada vez mais pautadas em recursos tecnológicos que trazem facilidade, segurança e comodidade para as pessoas”, ressalta Cristian. Não à toa, de acordo com a pesquisa Telemedicina no Brasil, mais de 70% dos respondentes afirmaram que continuariam com as consultas via videochamadas mesmo após a pandemia.

Outro movimento da tecnologia para a saúde emocional tem sido o uso de apps de categorias variadas. Como os cuidados para essas vertentes devem ser pensados de uma forma como um todo, para além das plataformas de telepsicologia, outras atividades têm impactando diretamente a relação com o próprio bem-estar de um paciente, como a realização de atividades físicas, mudanças de hábitos alimentares e a regulação do sono. E os números evidenciam isso. Segundo estimativas do mercado, somente no primeiro trimestre deste ano, a busca por aplicativos que auxiliam nesses cuidados cresceu mais de 130%.

“Sem dúvidas, o cenário atual que vivenciamos ajudou a acelerar esse processo e disponibilizar de forma rápida e acessível formas de acompanhar um movimento inevitável de convergência dos mundos analógico e digital”, finaliza o diretor executivo da Laura.

Redação

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