Após a chegada da variante Delta no Rio de Janeiro, o estado tornou-se o epicentro da pandemia no Brasil, concentrando o maior número de casos. A cepa da Covid-19 é, hoje, a predominante local, responsável por mais de 66% das amostras coletadas. Os números preocupam a população, que para fugir do risco de contaminação, recorrem ao atendimento virtual.
A Iron Telemedicina, grupo europeu que teve sua entrada no Brasil em abril de 2020, contabilizou 281 atendimentos a mais em Julho do que no mês anterior e o ritmo continuou crescente na primeira quinzena de agosto. “Até o dia 15 estávamos registrando cerca de 1.500 consultas só no Rio de Janeiro, em sua esmagadora maioria, com sintomas para Covid-19”, revela Jorge Ferro, CEO da Iron.
A regulamentação definitiva da prática online da medicina ainda está sendo discutida na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, mas é cada vez mais evidente a sua necessidade nesse período pandêmico. “Como passamos por dias mais chuvosos e frios, muitos pacientes não conseguem identificar uma crise alérgica, um resfriado e a Covid-19, já que os sintomas se confundem. Quase 90% dos casos, conseguimos resolver com o teleatendimento. São poucos os que encaminhamos para hospitais mais próximos. Isso evita o risco de contágio”, finaliza Ferro.