Terapia nutricional enteral: para muitos, uma questão de sobrevivência

Nutrição enteral é toda alimentação industrializada na forma líquida ou em pó, consumida somente sob orientação médica ou de nutricionista que contém tudo que é necessário para uma dieta específica, incluindo carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e água para um indivíduo que não consegue receber a alimentação pela boca, ou com capacidade limitada de ingerir, digerir ou metabolizar alimentos convencionais. Ela é especialmente formulada para uso por sondas ou via oral, e utilizada para substituir ou complementar a alimentação de pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar.

A nutrição enteral, visa a promoção da saúde e auxílio no tratamento de doenças, sendo uma opção a ser oferecida a pacientes internados em UTI com permanência superior a 48 horas, como forma de diminuir os riscos de desnutrição. Este tipo de nutrição pode prevenir a perda de peso, manter a composição corporal, restabelecer a massa e a força muscular, dada a importância do músculo, além de estar associada a redução da mortalidade e melhora da qualidade de vida após a alta hospitalar.

Os alimentos para fins especiais, como a nutrição enteral, são essenciais para muitas pessoas em situações específicas e, em especial no cenário de enfrentamento da pandemia, por exemplo, para os pacientes com diagnóstico de Covid-19, internados em UTIs, a nutrição enteral é a via preferencial e deve ser iniciada o quanto antes, sempre que não houver contraindicação, tornando-se essencial como coadjuvante do tratamento da doença.

Para a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), representante do setor, sua missão é oferecer opções de produtos benéficos para a dieta de pessoas com nutrição diferenciada. “Este segmento é essencial, pois preza pela produção dos produtos para uma nutrição completa e equilibrada, principalmente, para aqueles que apresentam necessidades específicas para se alimentar”, destaca Gislene Cardozo, Diretora Executiva da Abiad.

A recente pesquisa da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, aponta que, a cada 10 pacientes internados em hospitais públicos no Brasil, quatro estão desnutridos. E alerta sobre a importância de direcionar verba ao Sistema Único de Saúde (SUS) para a compra da terapia nutricional oral (TNO) – que além de fornecer energia, contribui com nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais, ajudando a reduzir o tempo de internação e a diminuir em 37% a chance de óbito.

Atualmente, para este tipo de nutrição, o SUS reembolsa os custos com a terapia nutricional enteral (via sonda) ou parenteral (via intravenosa) para pacientes internados e que estão desnutridos, segundo a Portaria 120, de abril de 2009, do Ministério da Saúde. Mas a nutrição enteral, é essencial também para pacientes que possuem doenças crônicas como diabetes, doenças oncológicas e cardiovasculares, em situações de pré e pós-operatórios, além dos idosos.

“O último ano trouxe desafios para todos e as mudanças também atingiram os hábitos alimentares. A pandemia tem nos mostrado que os alimentos para fins especiais são, de maneira inquestionável, essenciais em muitas situações, já que trazem os nutrientes necessários para a manutenção da saúde”, finaliza Gislene Cardozo.

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.