Tratamento em câncer ósseo é foco da ABOO Visita

Visando otimizar o atendimento aos pacientes de câncer ósseo, a Associação Brasileira de Oncologia Ortopédica (ABOO) deu início ao projeto ABOO Visita, no qual o presidente da ABOO, Edgard Engel, faz visitação a diversas instituições hospitalares pelo Brasil. Essas instituições são referência para atendimento dos tumores primários do osso, que representam apenas 2% do total de cânceres e de metástases ósseas.

A ação começou pela Sul do país, região que sediou o XII Congresso da ABOO, no fim de abril (o evento aconteceu em Gramado, no Rio Grande do Sul). Foram visitadas 15 instituições hospitalares nas cidades de Porto Alegre (RS), Passo Fundo (RS), Florianópolis (SC), Blumenau (SC), Itajaí (SC), Joinville (SC), Curitiba (PR) e Londrina (PR). (Veja ao final, a lista de hospitais visitados).

Em dissertação de mestrado do Dr. Geraldo Mota, a qual levantou dados do DataSUS, de 2008 a 2019, de todas as cirurgias realizadas na área, foi constatado que, no Brasil, há 59 centros hospitalares que realizam alguns tipos de cirurgias mais comuns no tratamento de pacientes com câncer ósseo, coordenadas por médicos membros da ABOO. Baseado nesse levantamento, surgiu a ideia de visitar esses locais e conhecer melhor o funcionamento de cada um deles.  “Começamos pela região Sul, aproveitando que o Congresso brasileiro foi em Gramado. Agora, vamos começar a programar as outras regiões e, até o final do ano, pretendo conhecer os demais centros”, fala o presidente da ABOO, Edgard Engel.

Durante as visitações, o médico conheceu as estruturas das unidades; como funciona o grupo de Oncologia Ortopédica; o atendimento; quais as orientações para o encaminhamento de pacientes, por parte de especialistas de outras áreas; perfil da equipe (se há residentes, alunos de graduação, quais especializações compõem o quadro), além de mapear quais questões podem ser aprimoradas para melhorar a prestação do serviço.  “Nessas visitas, percebemos que praticamente todos os hospitais fizeram reforma recente ou estão aguardando a finalização de uma grande obra. Então, todos os hospitais estão tendo uma evolução muito forte e um investimento significativo para melhor acomodação dos pacientes e para melhorar o atendimento”, salientou o presidente da ABOO.

Dr. Edgard destaca a estrutura encontrada para diagnóstico e tratamento dos pacientes. “Todos os hospitais têm recursos indispensáveis, como ressonância magnética, patologia especializada, equipes de oncologistas e grupos multiprofissionais à disposição, seja no local, ou na contratação de unidade terceirizada que realize esse tipo de atendimento. Então, todos os hospitais que visitamos têm condições adequadas para fazer o diagnóstico e o tratamento dos tumores ósseos, e muitos estão se desenvolvendo rapidamente para agregar novas tecnologias, como por exemplo, cirurgia robótica, cirurgia por navegação e biologia molecular para caracterização genética dos tumores”, relata.

O especialista destaca uma particularidade da Oncologia Ortopédica: “Nessa especialidade, você nunca faz nada sozinho, sempre faz em equipe. O diagnóstico é feito com um oncologista ortopédico, mais o patologista, mais o radiologista. E o tratamento é feito entre um oncologista ortopédico que faz a cirurgia e o tratamento clínico é realizado com o oncologista clínico para adultos ou oncologista pediátrico para crianças e, eventualmente, o radioterapeuta”, fala.

O médico lembra, ainda, que há a participação de equipes multiprofissionais que envolvem fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e enfermeiros que participam no cuidado do paciente. “Então, diante dessa diversidade de profissionais envolvidos, conhecer melhor o funcionamento do trabalho nos ajuda a pontuar como gostariam que os pacientes fossem encaminhados para eles e como encaminhar adequadamente os pacientes para cada um desses centros, dando, assim, mais qualidade ao atendimento”, conclui Dr. Edgard.

Hospitais visitados na região Sul

Hospital Erasto Gaertner (Curitiba/PR)

HCL – Hospital do Câncer de Londrina (PR)

UEL – Hospital Universitário de Londrina (PR)

Hospital Municipal São José (Joinville/SC)

CEPON – Centro de Pesquisas Oncológicas (Florianópolis /SC)

Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen (Itajaí/SC)

Hospital Santo Antônio (Blumenau /SC)

Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria (Joinville/SC)

IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia – Joinville/SC)

Hospital de Clínicas (Porto Alegre/RS)

Santa Casa de Porto Alegre (RS)

Hospital São Lucas PUCRS (Porto Alegre/RS)

Hospital Ortopédico de Passo Fundo (Passo Fundo/RS)

Hospital de Clínicas de Passo Fundo (Passo Fundo/RS)

Clínica IOT – Instituto de Ortopedia e Traumatologia, que atua no Hospital São Vicente de Paulo (Passo Fundo/RS)

Redação

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