A decisão por cuidados paliativos não significa que o paciente esteja com o destino definido. É uma opção para pessoas que recebem o diagnóstico de uma doença crônica grave e um tratamento focado na qualidade de vida do paciente e seus familiares por meio da prevenção e alívio do sofrimento.
Um diagnóstico com tamanha importância traz consigo questões pouco pensadas no dia a dia como o medo da morte, medo de deixar a família desamparada, a necessidade de resolver conflitos do passado entre outras situações. Nesse momento, o paciente precisa do amparo dos familiares para ajudar a enfrentar a difícil fase.
Tercia Soares Sharpe, autora do livro “Última palavra”, da Literare Books International, e especialista nos assuntos referentes à finitude da vida, dá algumas dicas para ajudar um ente querido que está nessa situação:
1 – Converse com o seu familiar com antecedência sobre que tipo de tratamentos gostaria de receber no final da vida. Pergunte o que ele acha sobre equipamentos artificiais. Faça dessa conversa um assunto a ser tratado em família. Isso alivia a pressão em quem precisa decidir.
2 – Evite ter esse tipo de conversa no pronto socorro em um momento de crise.
3 – Pergunte quem ele gostaria que fosse seu representante em caso da necessidade de decisões.
4 – Envolva o médico e informe sobre o que foi decidido. Isso alivia a tensão quando as opções de tratamento forem escolhidas.
5 – Redija um documento com essas decisões.
6 – Reconheça, se você achar que não é a melhor pessoa para ser o representante legal.
7 – Muitas vezes os familiares são os cuidadores principais. É importante todos estarem de acordo.
8 – Permita que o seu familiar fale sobre seus medos, desejos e prioridades no tempo que lhe resta.