A UPA – Unidade de Pronto Atendimento Mansões Odisséia, em Águas Lindas de Goiás, vem enfrentando dificuldades para contratar médicos pediatras, segundo a empresa médica responsável pela contratação. O problema é recorrente em todo o Brasil e, com o aumento da demanda pediátrica devido a casos de doenças respiratórias e sazonais, gestores de unidades de saúde têm ficado em estado de alerta em relação à falta de especialistas nesta área.
De acordo com a SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria, há uma má distribuição dos pediatras no Brasil. Pelos números, 55% dos profissionais dessa especialidade atuam na Região Sudeste, 16,2% estão no Nordeste, outros 16,2% estão no Sul, 8,6% atuam no Centro-Oeste e apenas 4% atendem em municípios da Região Norte.
Um levantamento feito pelo CFM – Conselho Federal de Medicina revelou que Goiás ocupava, em 2020, a 12ª posição entre os 26 Estados e o Distrito Federal em número de pediatras. De acordo com a publicação Demografia Médica no Brasil – volume 5, dos 43.699 pediatras ativos em todo o país, somente 2,5% estão em Goiás.
“Encontramos dificuldade de atrair novos profissionais em Pediatria mesmo com o valor do plantão diferenciado para a especialidade. Hoje tem sido um desafio fechar os plantões, e o problema não é exclusivo de Águas Lindas de Goiás. A falta de médicos com esta especialidade é uma realidade nacional e vem aumentando em todo o país”, afirma José Maria Filho, superintendente técnico do ISAC – Instituto Saúde e Cidadania, organização social que gerencia a UPA Mansões Odisséia.
Números de atendimentos
Nos últimos dois meses, a UPA Mansões Odisséia está atuando com alta demanda. Em março, a unidade realizou 9.520 atendimentos, um aumento de 38% em relação ao mês anterior. Em abril, essa estatística aumentou novamente, quando a unidade fez 10.818 atendimentos.
Em relação às demandas pediátricas, a unidade de urgência e emergência de Águas Lindas também registrou a alta dos números nesse período. No comparativo com os dados de fevereiro, houve um aumento de 51% desses atendimentos em março e de 72% em abril.
