Unimed Sorocaba apoia campanha Agosto Dourado

Com o tema “Fortalecer a amamentação: educando e apoiando”, durante este mês é celebrado o Agosto Dourado, uma ação que visa incentivar o aleitamento materno. De acordo com a pediatra e coordenadora médica do setor de neonatologia da Unimed Sorocaba (SP), Dra. Elaine Michelin, a cor dourada simboliza o padrão ouro de qualidade do leite humano.

“A amamentação é acima de tudo um ato de amor. Quando uma mãe amamenta ela está fornecendo nutrientes que vão muito além do alimento. O leite materno fortalece o sistema imunológico do bebê, reduz os riscos de obesidade, de desenvolvimento de diabetes, casos de diarreia, infecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, além de reduzir a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos”, explica.

Segundo a médica, o “Agosto Dourado” teve início em 1990, num encontro da Organização Mundial de Saúde (OMS) com o Unicef, quando governantes de mais de 30 países se reuniram em Florença, na Itália, para discutir sobre a alta taxa de mortalidade infantil. “Neste momento foi gerado um documento conhecido como “Declaração de Innocenti”, que propôs o incentivo à amamentação para diminuir a taxa de mortalidade. A taxa de mortalidade no Brasil, que em 1990 era de aproximadamente 70 crianças para cada mil nascidos vivos e foi reduzida para 13 em 2019. Avançamos bastante, mas o aleitamento materno ainda é um desafio mundial, uma vez que apenas quatro bebês entre 10 nascidos no mundo são amamentados”, observa.

Rede de apoio

Ter uma rede de apoio para auxiliar a mãe na amamentação é muito importante, segundo Dra. Elaine. “Todos nós somos responsáveis por apoiar a amamentação. Esse trabalho tem que começar nas escolas juntamente com as orientações sobre reprodução sexual. A família, o médico obstetra e o pediatra também são muito importantes para orientar a gestante sobre a amamentação. Durante toda a internação, a Unimed Sorocaba apoia o aleitamento materno com uma equipe multiprofissional composta por médicos neonatologistas, fonoaudiólogas, enfermeiras e técnicas de enfermagem extremamente capacitada que estimulam a amamentação desde a primeira hora de vida do bebê. Além disso, após a alta hospitalar essa mãe precisa ter um acompanhamento com o pediatra e com uma equipe de apoio à amamentação”, orienta.

A médica explica ainda que a simbologia do laço dourado envolve a rede de apoio. “O laço tem duas pontas, uma representando a mãe e a outra o bebê. No centro do laço tem um nó, que representa o pai, a família e toda essa rede de apoio necessária para conseguirmos estabelecer um aleitamento materno efetivo.”

Sustentabilidade

A pediatra destaca também que a amamentação é um meio de sustentabilidade. “O leite vem da própria mãe, então não tem um custo para ser produzido. Tampouco tem gasto de água, energia, gás e principalmente embalagem. Além disso, é economicamente viável para as famílias e para os próprios governos, pois as crianças que são amamentadas adoecem menos”, comenta.

Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente, no Brasil, a amamentação exclusiva alcança 45,8% dos bebês com até seis meses. “O ato de amamentar também traz benefícios para as mulheres, pois reduz o risco de desenvolvimento do câncer de útero e câncer de mama”, conclui.

Redação

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