UTI Neonatal: Hospital Santa Cruz investe em tecnologia e atendimento humanizado

Os irmãos gêmeos Benjamim e Valentim nasceram prematuros de 28 semanas. Depois do parto, em novembro de 2017, os meninos permaneceram mais de 70 dias internados na UTI Neonatal do Hospital Santa Cruz, de Curitiba (PR). Este mês, os dois completaram um ano de vida. O primeiro aniversário, no entanto, fugiu um pouco do tradicional, pois seus pais, Leonice e Clayton Bronoski, fizeram questão de comemorar com a equipe multidisciplinar e outros pais de bebês prematuros. Com direito a bolo, docinho e refrigerante, a festa ocorreu durante a Semana da Prematuridade.

O evento está em sua terceira edição e tem como principal objetivo capacitar e chamar atenção para o Dia Mundial da Prematuridade, lembrado em 17 de novembro. A programação reuniu, além de médicos e outros profissionais da saúde, pais e bebês que já foram pacientes da UTI Neonatal. “É muito gratificante perceber a felicidade da família, que lutou junto com a equipe para o prematuro sair do hospital. Isso não tem preço”, conta o pediatra e coordenador da UTI Neonatal do Hospital Santa Cruz, Dr. Ênio Torricillas.

Na opinião da psicóloga da equipe multidisciplinar da UTI Neonatal, Patrícia Ferrari, o reconhecimento dos pais é reflexo da humanização do atendimento. “Usamos a tecnologia para salvar os bebês, mas também usamos a relação, a afetividade e o acolhimento para ajudar os pais a passarem por esse momento”, explica. Nos últimos anos, o Hospital Santa Cruz investiu na atualização de seus protocolos, passando a permitir a visita dos avós, por exemplo. A criação de um grupo de apoio aos pais também fez diferença.

As reuniões acontecem uma vez por semana e são acompanhadas pela equipe médica e assistencial e pela psicologia. “Associamos o compartilhamento de experiências à informação sobre o quadro clínico dos bebês. Isso facilita a rotina dos pais dentro da UTI, fortalecendo o vinculo com a equipe e   dividindo o que estão vivendo, conseguem perceber que os outros pais também passam por situações semelhantes”, completa a psicóloga Patrícia. “Até hoje conversamos, temos um grupo entre as mães. Depois da saída do hospital, nos encontramos lá fora”, conta Leonice.

Redação

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