A imunoterapia é um dos caminhos mais promissores para o tratamento do câncer. É uma modalidade de terapêutica com mecanismo de ação e, portanto, com efeitos colaterais completamente diferentes da quimioterapia.
Alguns tipos de câncer têm a habilidade de “enganar” as células de defesa, desta forma, tornam-se invisíveis ao sistema imunológico. “Com a imunoterapia nós estimulamos o sistema de defesa do paciente que, naturalmente, combate infecções, para que reconheça e venha também a destruir as células tumorais”, afirma a Dra. Lilian Arruda, oncologista investigadora do Centro de Pesquisa Clínica do IBCC – Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, em São Paulo (SP).
Segundo a médica, com a chegada destas drogas, foram observados benefícios do tratamento a longo prazo. Em diversos estudos clínicos, participantes que atingiram resposta completa se mantêm sem sinais de doença por período não atingido anteriormente com a quimioterapia isolada.
“A imunoterapia já é utilizada de forma rotineira na nossa prática clínica aqui no IBCC. E, neste momento, podemos atingir maior controle de doença com o uso desta estratégia quando comparado a tratamentos com quimioterapia e radioterapia convencionais”, explica Dra. Lilian. Há no IBCC diversos estudos clínicos com estas drogas em andamento, dando a oportunidade do acesso a pacientes que não seriam contemplados por essa estratégia, por ainda não estar disponível no SUS ou nem serem comercializados.
