Varejo e saúde registram aumento significativo em contratações durante pandemia

A pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) aumentou a demanda por itens e serviços essenciais e, consequentemente, as contratações para reforçar o quadro de profissionais. Segundo a Randstad, empresa global em soluções de recursos humanos, os setores de varejo e saúde registram acréscimo considerável de vagas além do número esperado para o período.

O varejo apresenta crescimento de 50% na força de trabalho para atender à alta procura do consumidor nos pontos de vendas, com predominância para produtos alimentícios e cuidados básicos, além de preencher posições geradas por afastamentos de funcionários. Funções temporárias como estoquista, abastecedor, atendentes, repositores e caixas são as mais requisitadas pelas empresas varejistas em todo Brasil.

Já na área da saúde, hospitais também estão reforçando a equipe, resultando em um aumento de cerca de 20% no número de vagas. A seleção é para cargos de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, radiologistas, motoristas, auxiliares de limpeza, nutricionistas e auxiliares de cozinha, além de profissionais ligados à convênios médicos, sendo que as contratações devem atender mais de 300 posições provisórias. A Randstad tem suportado diversas empresas do ramo de saúde, com admissões temporárias e possibilidade de efetivação para atender uma demanda pós pandemia.

O mercado de vacinas também está passando por uma transformação e aponta um avanço entre 10% e 15% no número de vagas, com indícios favoráveis em médio prazo. Com as condições impostas pela pandemia do Covid-19, surge também uma forte tendência pela telemedicina, que registra um aumento de 30% nas contratações.

Para Fabio Battaglia, CEO da Randstad, as aberturas de vagas terão impacto direto nos profissionais envolvidos em atividades essenciais. “É uma condição que, devido às áreas de atuação, deve perdurar durante o estado de calamidade pública com algum reflexo após o fim das ações, exclusivamente envolvendo o campo da saúde, que provavelmente ainda estará sobrecarregada mesmo com o controle do avanço da pandemia”, avalia o especialista.

Na contramão dessa demanda, outros setores registram queda de até 20%, como por exemplo automóveis e cosméticos. São áreas que estão sofrendo de falta de demanda, congelamento de vagas e dispensa de pessoas. Nesses segmentos, não há previsão de recontratação até o segundo semestre.

“A crise é global e cada país tem os seus próprios desafios em relação à saúde, abastecimento e atividades preventivas. O Brasil começa a atingir picos de pessoas infectadas e, com isso, medidas de contingência são anunciadas para combater a pandemia. O reforço da força de trabalho em áreas essenciais é uma providência indispensável neste momento”, finaliza Battaglia, CEO da Randstad.

Redação

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