Você acredita em telemedicina?

A Covid-19 acelerou mudanças em hábitos, processos e, em muitos casos, o uso da tecnologia foi a solução para suprir várias necessidades comuns de muitas pessoas, uma delas o acesso à saúde. A telemedicina passou a ser usada em grande escala e, não à toa, o investimento mundial nesse modelo de atendimento em 2021 ultrapassou 4,3 bilhões de dólares, segundo pesquisa da PwC sobre as principais questões globais do setor.

No Brasil, as consultas online foram autorizadas em abril de 2020, e o modelo, que traz benefícios como manter uma relação mais próxima com o médico sem sair de casa – gerando ainda uma economia de tempo e dinheiro de deslocamento -, foi capaz de resolver cerca de 91% das consultas de pronto atendimento. Os dados são da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital (Saúde Digital Brasil), que aponta que mais de 7,5 milhões de teleatendimentos já foram realizados por mais de 52,2 mil médicos no país.

Segundo dados de uma pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), mais da metade da população brasileira foi atendida por serviços online de saúde no último ano.

Na Sami, operadora de saúde de São Paulo, por exemplo, 75% dos atendimentos do Time de Saúde são digitais, e em 72% dos casos o primeiro contato com a rede ocorre com a Atenção Primária. E para quem pensa que as teleconsultas não caíram no gosto do brasileiro, o índice de satisfação com o atendimento digital da Sami chega a 86%. Em Março deste ano, 92% dos atendimentos da Sami foram teleconsultas.

A pesquisa “Telemedicina no Brasil” realizada pelo Datafolha/Conexa revelou que 73% dos entrevistados voltariam a realizar consultas por videochamada, e 41% acreditam que emergências em saúde possam ser resolvidas pela telemedicina.

Como funcionam as teleconsultas?

São como consultas presenciais, nas quais o médico conversa e orienta o paciente, mas sem que haja necessidade de deslocamento. Basta ter acesso à internet.

Em janeiro de 2021, Marcelo, 55, advogado, assinou um plano de saúde com a Sami para ele, esposa e filhos. “ A minha primeira teleconsulta aconteceu logo que entrei na Sami. Reuni minha família e ficamos todos conversando com um médico pela tela do celular. Isso foi muito importante, porque nós entendemos ali como seria o modelo de atenção primária: com um médico presente que conhece o paciente”.

Marcelo conta que trazia consigo boa parte dos receios comuns: “Eu achava que o plano de saúde indicaria a teleconsulta para todo tipo de consulta, mas não foi assim. Ela é oferecida quando o médico precisa conversar comigo e orientar, e não para analisar. Na semana passada, por exemplo, fiz uma teleconsulta com uma nutricionista, ela já tinha uns exames que eu fiz em um laboratório parceiro da Sami e me passou algumas orientações”.

Segundo o Dr. Alexandre Calandrini, coordenador e médico do Time de Saúde da Sami, até mesmo seus pacientes mais receosos se mostram surpresos com a praticidade e agilidade da teleconsulta. “Eu explico que não é nada além de uma consulta normal. Às vezes eu brinco com o paciente e digo que é para ele imaginar que está no consultório, comigo. Isso funciona”, afirma.

A telemedicina já mudou a dinâmica do sistema de saúde no Brasil e todos saíram ganhando. Temos equipamentos de ponta que apoiam sua aplicação, permitindo o monitoramento pós-alta hospitalar, o acompanhamento de pacientes crônicos, a triagem de atendimento, tudo com diagnósticos rápidos e precisos. Tudo isso pode beneficiar e democratizar o acesso à excelência médica nos cantos mais longínquos do Brasil.

Redação

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