No ambiente hospitalar, a segurança do paciente é um conjunto de ações que os profissionais realizam para assegurar que não ocorra erros durante o atendimento. A prática envolve processos com foco no melhor resultado possível ao paciente, desde a entrada até o momento da alta hospitalar.
E setembro é o mês em que profissionais de todo o mundo destacam nas unidades onde atuam as práticas que buscam garantir atendimento seguro aos seus pacientes.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu seis metas que ajudam os profissionais a evitarem práticas que possam comprometer os cuidados aos doentes.
Essas metas estipulam processos para identificar o paciente corretamente, além de melhorar a comunicação entre os profissionais e a pessoa atendida.
Envolvem a segurança dos medicamentos e asseguram que as cirurgias ocorra de forma adequada, aplicando o procedimento correto.
As outras duas metas buscam diminuir os riscos de infecções e, também, demais danos ao paciente, como as quedas e lesões de pele.
“A segurança do paciente é importante porque ajuda a evitar falhas no cuidado”, resume Ana Lígia dos Santos, especialista em segurança do paciente. Ela atua na Pró-Saúde, entidade filantrópica responsável pela gestão de hospitais em várias partes do país.
Ana Lígia também ensina que, ao adotar medidas de padronização, o atendimento ganha em qualidade. “São etapas que todos os profissionais precisam realizar durante o atendimento”, ela diz.
“Vai desde situações como aplicar uma injeção, fazer a higienização de um hospital ou mesmo realizar cirurgias complexas”, acrescenta a especialista. Ela também explica que as práticas de segurança do paciente envolvem, ainda, questões administrativas, como o preenchimento correto de documentos.
Os processos de segurança do paciente, como afirma Ana Lígia, funcionam como barreiras preventivas na identificação de riscos para que as falhas possam ser evitadas.
O papel do paciente
As ações de prevenção de riscos são voltadas aos pacientes. Portanto, ele deve participar ativamente de seus cuidados.
“Aqui na Pró-Saúde, estimulamos os nossos profissionais a empoderarem os pacientes em todos esses processos de atendimento”, revela Valdirene Carrera, especialista em Relacionamento com o Paciente.
Em outras palavras, as pessoas devem receber dos profissionais todas as informações sobre o atendimento clínico que está sendo realizado.
“Os pacientes são estimulados a participarem deste processo perguntando, por exemplo, sobre a medicação que está sendo ministrada nele, tirando dúvidas, sendo ativos nas decisões durante seu tratamento”, acrescenta Valdirene.
Segurança de medicamentos
A OMS definiu “Segurança de Medicamentos” como tema do Dia Mundial da Segurança do Paciente, lembrado no sábado (17/09).
A abordagem faz referência a meta 3, pois destaca a importância das instituições de saúde implementarem condutas que evitem danos nas práticas relacionadas a medicamentos. Três exemplos bem conhecidos do público envolvem a verificação das prescrições, dosagem correta do medicamente e a padronização de horários.
Há, ainda, a verificação das interações medicamentosas, que acontecem para evitar que um remédio perca seu efeito.
Segurança do Paciente na Pró-Saúde
O tema da segurança do paciente está sendo trabalhado pela Pró-Saúde durante um evento interno que começa na segunda-feira (19), e que vai até o dia 23.
A entidade filantrópica realizará uma ação educativa para mobilizar os Núcleos de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP) dos hospitais que administra, fortalecendo as práticas de segurança internas.
A ideia é reforçar o nível de conhecimento das áreas assistenciais e administrativas, no âmbito dos protocolos de segurança do paciente já implantados nos hospitais.