Telemedicina já é realidade, mas a formação básica e humana do médico permanece preponderante

“A telemedicina já existe e já é praticada”. Com essa declaração, o Prof. Dr. Flavio Hojaij inicia seus comentários sobre o tema, que tem sido foco de vários debates e palestras. No entanto, essa inovação em nada lembra o imaginário das pessoas que ao ouvir a expressão telemedicina pensam em robôs atendendo e operando, um cenário de filme de ficção cientifica.

Para ele, a telemedicina tem início quando um profissional realiza contatos e conversas online com o paciente, analisa exames via internet e até marca compromisso com o paciente. Tudo isso preservando o bom senso e o lado humano do relacionamento médico paciente.

Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Professor Livre Docente da Faculdade de Medicina da USP, o Dr. Flávio Hojaij está sempre muito envolvido com a educação e com a formação de novos médicos e, por isso, lembra que o olhar humano é fundamental.

“A formação básica e humana do médico permanece preponderante na relação com o paciente e a tecnologia tem como papel fortalecer essa relação. Um interrogatório e análise de exames pode sim ser feita via internet, desde que o paciente seja visto pessoalmente em algum momento e que tudo esteja dentro das condições previstas e ideais para uma cirurgia ou tratamento. Se algo tiver se alterado ou não seja o esperado, obviamente a operação ou tratamento deverão ser repensados”.

Sempre de acordo que a saúde digital já é realidade, o Dr. Flavio Hojaij lembra que a telemedicina tem que democratizar os acessos, mas não pode encarecer muito, tornar inviável. Mesmo porque, diante do aumento da longevidade da população, os custos de toda a cadeia já estão aumentando muito.

“Precisamos pensar em uma medicina sustentável em termos de custo e benefício. Se por um lado a tecnologia pode encarecer os serviços, ela também pode apresentar eficiência, bons resultados e ser acessível a um maior número de pessoas”, conclui o Dr. Hojaij.

Redação

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