Duas causas importantes para a saúde feminina são datadas em 28 de maio: o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna e o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher. De acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna de 2021, o Brasil teve média de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos, número superior ao preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que não deveria ultrapassar a marca de 70. Para se ter uma ideia do gargalo do país, a média na Europa é de 13 mortes a cada 100 mil nascimentos, segundo Relatório da Saúde Europeia.
Considera-se mortalidade materna quando o óbito ocorre durante a gestação ou 42 dias após o final da gravidez. De acordo com Flávia Rossi ginecologista da Conexa, maior player de saúde digital da América Latina, esse é um problema de saúde pública e as principais causas são eclampsia, infecção puerperal e hemorragia pós-parto.
A telemedicina tem se mostrado uma aliada nos cuidados da saúde da mulher e auxilia na prevenção da mortalidade materna. Nos últimos dois anos – 2020 e 2021 – o público feminino liderou o uso do serviço digital, realizando 91% a mais de consultas que os homens, segundo levantamento da Conexa. Em outras palavras, as mulheres quase o dobraram o registro de teleatendimentos. “As consultas online podem resolver cerca de 85% dos problemas de saúde e, especificamente quando se fala de saúde da mulher, pode esclarecer dúvidas sobre métodos contraceptivos e planejamento familiar, além de auxiliar em medidas de preconcepção principalmente de pacientes hipertensas e diabéticas, condições que precisam estar muito bem controladas para uma gestação mais segura”, conta Flávia.