46% dos adolescentes e jovens dizem confiar pouco nas vacinas contra a Covid-19

Uma enquete sobre a vacinação contra a Covid-19, realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em fevereiro, com cerca de 1,4 mil adolescentes e jovens, revela que quase metade dos respondentes (46%) confia mais ou menos, um pouco ou nem um pouco nas vacinas. Sabendo do protagonismo de meninas e meninos na conscientização de suas comunidades sobre a prevenção da Covid-19 e a importância da vacinação, o UNICEF, em parceria com a Viração Educomunicação, lança o chatbot VacinasInfo, uma central de informações sobre as vacinas contra a Covid-19 por meio de WhatsApp e Facebook.

“A disseminação de informações seguras e confiáveis a toda a população é fundamental. E adolescentes e jovens são essenciais nesse processo. Embora elas e eles ainda não estejam entre os grupos prioritários para a vacinação, elas e eles são importantes atores para replicar informações verdadeiras nos seus diferentes ambientes de convivência, e ajudar no combate às notícias falsas, online e offline. Para tanto, é fundamental que elas e eles estejam bem informados. Por isso, lançamos esse canal para tirar suas dúvidas, ter acesso a conteúdo de qualidade e aumentar a sua confiança na eficácia e segurança das vacinas”, explica Cristina Albuquerque, chefe de Saúde do UNICEF no Brasil.

Na enquete, realizada pelo UNICEF por meio da plataforma U-Report, adolescentes e jovens falaram sobre sua percepção a respeito da vacinação e sobre as informações que recebem. Não se trata de pesquisa com o rigor metodológico, e sim de consultas rápidas por meio de redes sociais entre pessoas cadastradas na plataforma. A enquete apresenta a opinião dos adolescentes e jovens que responderam a ela e não podem ser generalizadas para a população brasileira dessa faixa etária como um todo.

Entre as questões, foi perguntado a quase 1,4 mil adolescentes e jovens: “Se a vacina estivesse disponível para você agora, o quanto confiaria em tomar?”. Entre os respondentes, 54% disseram “muito”; 28%, “mais ou menos”; 9%, “um pouco”; e 9%, “nem um pouco”.

Embora sem confiar totalmente nas vacinas, a maioria dos adolescentes e jovens que responderam à enquete afirma que se vacinariam contra a Covid-19 se as vacinas estivessem disponíveis para sua faixa etária (79%). Os demais 21% se dividiram entre indecisos (14%) e quem afirma que não pretende se imunizar (7%).

Entre os indecisos e os que não querem se vacinar, 34% acreditam que as vacinas não são seguras, 30% declararam não saber o suficiente sobre as vacinas e 10% ouviram boatos negativos sobre elas. Os boatos citados por eles incluem notícias falsas sobre outras doenças e mortes causadas pelas vacinas, desinformação sobre possíveis efeitos colaterais que poderiam surgir, informações falsas sobre a não comprovação científica da eficácia das vacinas, notícias não verdadeiras sobre vacinas serem responsáveis por mais mortes que o próprio vírus e por alterarem o DNA humano, além de teorias conspiratórias. Os boatos chegaram a eles por meio de redes sociais (48%), pessoas próximas (22%), mídia (17%), conversas entre pessoas da região em que vivem (4%) e outros lugares (9%).

Chatbot vai levar informação confiável a esse público

Para levar informação correta a adolescentes e jovens sobre a importância da vacinação, o UNICEF, em parceria com a Viração Educomunicação, lançou essa central de informações sobre as vacinas contra a Covid-19 por meio do chatbot VacinasInfo.

Redação

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