De acordo com levantamento realizado pela ABIMED (Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde com uma amostra significativa de suas associadas) – Termômetro ABIMED, 88% das empresas do setor pretendem aumentar os investimentos neste ano mesmo levando em consideração o momento do país, os impactos causados pelo conflito na Ucrânia e a operação padrão da Receita Federal e suas consequências sobre os negócios. Esta edição do Termômetro ABIMED, que é realizado trimestralmente, considera o segundo trimestre de 2022 projetando com base ao que ocorreu durante o 1º semestre.
Para a maioria das empresas entrevistadas, o cenário atual não deve interferir no crescimento real do faturamento – 46% acreditam em um aumento superior a 10%; 19% em um crescimento entre 5% e 10%; e 23% entre 1% e 5%. Apenas 4% preveem uma queda superior a 5% e 4% não esperam nenhum crescimento.
Como 100% das empresas ouvidas importam seus produtos, 77% delas têm identificado o impacto da operação padrão da Receita Federal nos negócios. Das que apontam tal impacto, 31% afirmam que as liberações de suas importações têm levado entre 15 e 30 dias. Doze por cento indicam uma demora superior a 30 dias e 23% entre 5 e 10 dias.
Custos maiores
Ao analisarem o cenário de 2021 e o 1º semestre de 2022, 83% das empresas identificam um aumento nos custos setoriais entre 5% e 20%; 8% delas registram um aumento acima de 20%; e 4% entre 0 e 5%. Os fatores mais relevantes (era possível apontar mais de um item) apontados para custos maiores foram: disponibilidade do item (69%); questões logísticas (62%); aumento dos preços (58%); aquecimento da demanda mundial (35%); e Guerra na Ucrânia (31%).