Dia Mundial de Medicina de Família tem lançamento de campanha de valorização

A medicina de família e comunidade tem registrado crescimento no Brasil – a especialidade teve aumento de 30% em dois anos, segundo a pesquisa Demografia Médica 2020, do CFM (Conselho Federal de Medicina) – e é a especialidade mais capacitada para trabalhar na atenção primária à saúde. Hoje o país tem cerca de dez mil médicos e médicas de família e comunidade. Para marcar o Dia Mundial da Médica e do Médico de Família e Comunidade – celebrado hoje, 19 de maio –, a Wonca (Organização Mundial de Médicos de Família, na sigla em inglês) e a SBMFC (Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade) lança a campanha deste ano de valorização desses profissionais.

A data, estabelecida em 2010, é a “oportunidade perfeita para celebrarmos aquelas e aqueles que prestam cuidados de saúde pessoais, abrangentes e contínuos para toda a população, e as contribuições especiais das equipes de cuidados primários em todo o mundo”, diz a organização.

O lema da campanha deste ano é: “Médica e Médico de Família e Comunidade, Sempre Perto para Cuidar!”. “Somos nós que avaliamos todas as necessidades de saúde das pessoas”, diz a presidente da SBMFC, Zeliete Zambon. Os profissionais de medicina de família e comunidade, explica, cuidam de problemas de saúde de todo tipo, em pacientes de qualquer idade ou gênero.

Se houver necessidade de um encaminhamento a pessoa a um outro especialista, o profissional continua a acompanhar toda a trajetória do paciente ao longo do tratamento que eventualmente tenha que seguir. Zambon ressalta que o médico ou médica de família e comunidade coordena o trabalho dos especialistas até que a necessidade do paciente tenha sido atendida. Segundo ela, no entanto, o médico de família consegue resolver cerca de 85% das demandas do paciente.

“Sempre”, “Perto” e “Cuidado”

A campanha da SBMFC e da Wonca está fundamentada nos três pilares que formam o lema deste ano. O trabalho dos médicos de família se caracteriza pela presença em todos os momentos e pela continuidade do atendimento, segundo a organização. Os cuidados seguem “por todas as fases da vida dos pacientes e no acompanhamento contínuo, articulando-se com outros níveis de atenção e profissionais de saúde.

Além disso, esses profissionais “fazem parte das comunidades com as quais trabalham”, o que cria um com os pacientes um vínculo de confiança. “Ser médica e médico de Família e Comunidade é um privilégio e uma responsabilidade, cuidando sempre das pessoas e providenciando o necessário para o seu bem-estar e proteção”, segundo a Wonca.

Especialização

Zambon explica que a medicina de família é uma especialização: o graduado em medicina faz dois anos de residência na área, para se tornar um especialista em medicina de família e comunidade. Isso o diferencia, então, do clínico geral – que atua sem uma especialidade.

A presidente da SBMFC ressalta que médicos e médicas de família e comunidade podem atuar em unidades de Atenção Primária, mas que o setor privado e nas áreas de ensino e pesquisa tem havido uma “necessidade crescente” desses profissionais.

Redação

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