Artigo – Saúde emocional dos funcionários deve ter maior relevância nas empresas

O período de pandemia acelerou as transformações tecnológicas e a digitalização das empresas. Com isso, os gestores de pessoas tiveram que lidar com um novo cenário da força de trabalho jamais antes visto.

O trabalho remoto passou a fazer parte do cotidiano de todos, sendo que a grande maioria nunca havia trabalhado dessa forma. Em muitas empresas, observou-se um aumento de casos de colaboradores que apresentaram algum tipo de complicação envolvendo a saúde mental, como burnout, depressão e crises de ansiedade.

Neste contexto, as empresas têm que entender a fundo seus funcionários, além de mensurar o estado emocional dos talentos e oferecer um outro tipo de apoio para antever potenciais crises e diminuir o estresse no ambiente corporativo.

A importância da saúde mental dos funcionários é amplamente reconhecida, mas ainda não é posta em prática. Por décadas, foi comumente considerado que as emoções deveriam ser deixadas de lado no ambiente de trabalho.

Publicidade

Os RHs são cada vez mais responsáveis pela saúde mental e bem-estar emocional dos colaboradores, porém, o estudo demonstrou que embora eles reconheçam o valor de abordar as emoções dos funcionários, apenas 21% das empresas fazem análise das emoções e nenhuma empresa treina seu pessoal em habilidades emocionais.

Esses resultados mostram quanto espaço há para melhorar o bem-estar emocional da força de trabalho. É necessário medir como os funcionários se sentem para permitir que as emoções sejam incorporadas aos processos organizacionais – desde como as pessoas são contratadas e treinadas, até que tipos de trabalhos são solicitados a fazer.

A pandemia acelerou o surgimento de inúmeras novas tecnologias que ajudam o profissional de RH a usar os dados a seu favor.  Hoje, por exemplo, é possível  acompanhar informações sobre a saúde dos funcionários, que indicam se há um potencial de depressão, absenteísmo, agorafobia, entre outros quadros crônicos que possam estar abalando a saúde mental dos funcionários.

Ter uma gestão que leve em conta a inteligência emocional organizacional pode orientar as empresas a se tornarem mais centradas no ser humano e mais acolhedoras para os funcionários que passaram por pausas nas suas jornadas devido a algum problema de saúde.

Os gestores do futuro precisam abraçar a função de cientistas de dados e guardiões da cultura. Sem dúvida, o futuro da gestão eficiente de pessoas passa pela análise de informações de sua força de trabalho para tornar as relações entre empregador e colaboradores ainda mais humanizadas.

 

Bruno Souza de Oliveira é cofundador e diretor de operações e tecnologia da healthtech Medipreço

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.