AFIP Medicina Diagnóstica agiliza identificação de superfungo e prevenção de surtos em hospitais, principalmente públicos

Todos os hospitais atendidos pela AFIP Medicina Diagnóstica poderão obter com mais agilidade a identificação de Candida auris, conhecida como superfungo. Graças à utilização da espectrometria de massa, a AFIP é capaz de identificar com rapidez e assertividade as amostras com este microrganismo. Assim contribui para o diagnóstico precoce e o rápido isolamento e tratamento dos pacientes infectados – medidas essenciais para a prevenção e o controle de surtos em ambientes hospitalares. Hoje, a AFIP é o maior laboratório privado de análises clínicas da rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS), possuindo Núcleos Técnico-Operacionais (NTOs) em 43 hospitais, dos quais 41 da rede pública.

Em sua nota técnica1 mais recente, emitida em 15 de setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – reiterou que apenas métodos moleculares e a espectrometria de massa, conhecida por Maldi-Tof, sigla do inglês Matrix Assisted Laser Desorption Ionization Time Of Flight, são capazes de identificar em nível de espécie a Candida auris. Apenas os laboratórios mais estruturados, como a AFIP, possuem essas tecnologias. Por isso, a agência orientou os laboratórios que não detêm as técnicas a encaminhar as amostras suspeitas para a identificação no Laboratório Central (Lacen) do seu estado.

Há exatos 10 anos, a AFIP utiliza a técnica de Maldi-Tof para a identificação de microrganismos. O equipamento dispõe da versão mais atualizada do software de análise para identificar a Candida auris, que data do  primeiro comunicado de risco da Anvisa, alertando para relatos de surtos deste fungo  em serviços de saúde na América Latina. “Se identificarmos a Candida auris, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do hospital onde o paciente está assistido será imediatamente notificado para que medidas de cuidados e controle sejam implementadas. Em seguida enviaremos a amostra para o Instituto Adolfo Lutz para controle epidemiológico”, afirma Débora Ramadan, diretora técnica do laboratório da AFIP.

Uma ameaça à saúde mundial

A Candida auris faz parte de uma família de fungos que é integrada por diferentes espécies de Candida. Ela representa uma grave ameaça à saúde mundial por causar infecções invasivas, que provocam altas taxas de mortalidade. É chamada de superfungo por ser resistente a medicamentos usados contra infecções por fungos, elevando o risco de surto em hospitais. Até o momento, a AFIP não identificou nenhuma amostra com o superfungo, embora a identificação de espécies de Candida representa cerca de 7% das culturas positivas processadas no laboratório AFIP.

Segundo nota técnica1 da Anvisa, as infecções por Candida auris ocorrem com mais frequência em pessoas internadas em instituições de longa permanência para idosos e hospitais, principalmente em unidades de terapia intensiva (UTI) por longos períodos. Outros fatores de risco são o uso de cateter venoso central ou outros dispositivos médicos invasivos (sondas para alimentação enteral ou tubos para ventilação mecânica), além de cirurgia recente, diabetes e uso de antimicrobianos ou antifúngicos de amplo espectro. Desde 2020, o Brasil já registrou três surtos da doença – dois na Bahia e um em Pernambuco –, com mais de 50 casos notificados.

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Redação

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