LACEN-RJ adota equipamento que realiza diagnóstico da meningite em uma hora

A meningite meningocócica, forma mais grave da doença, é apenas um de um total de 14 tipos de agentes causadores da doença e encefalites − inflamação do cérebro − que o Laboratório Central de Saúde Pública do Rio de Janeiro Noel Nutels (LACEN-RJ) está apto a diagnosticar em apenas uma hora.

A aquisição do novo equipamento, chamado Sistema BioFire FilmArray – Painel Meningite/Encefalite, pela Fundação Saúde este mês, permite à unidade ligada à Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizar o diagnóstico de todos os agentes causadores da meningite e encefalites em até uma hora, agilizando expressivamente o tempo de liberação, que antes era de até 48 horas.

O aparelho extrai e purifica todos os ácidos nucleicos da amostra do líquido retirado da coluna espinhal. Em seguida, realiza a técnica Multiplex PCR, em que um fragmento específico da molécula de DNA é amplificado milhares de vezes em curto espaço de tempo. As amostras são analisadas em uma cabine de segurança biológica, excluindo o risco de contaminação da amostra e do profissional que executa o teste. Ao final, o equipamento analisa e libera um relatório com os resultados da amostra e informa a presença ou ausência de cada organismo capaz de causar as doenças.

“Nos dois últimos anos, o LACEN-RJ vem modernizando seu laboratório com a aquisição de equipamentos que permitem a realização de exames para identificar doenças, como dengue, Zika e Chikungunya, leishmaniose e o mapeamento genômico integral do Coronavírus. Agora, o Noel Nutels está equipado para identificar os agentes causadores de meningite e encefalites, como em bactérias, vírus e fungos, além de outras doenças em apenas 60 minutos”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.

Outro benefício da nova tecnologia, de acordo com a diretora do LACEN-RJ, é permitir ao paciente um tratamento mais adequado, com prescrição de medicamentos mais assertivos e a redução de permanência em leitos hospitalares.

“É um grande avanço para a saúde pública. O novo equipamento possibilita a identificação de doenças em um tempo menor, o uso racional de antibióticos pelo paciente, bem como contribui para a redução das internações hospitalares e mortes relacionadas à meningite”, ressalta Andréa Cony Cavalcanti, diretora geral do LACEN-RJ.

Redação

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