A Viatris lança a segunda edição do Guia de Saúde Mental Pós-Pandemia no Brasil voltado para profissionais de saúde, com foco em ajudá-los a entender e encontrar soluções para lidar com os efeitos e consequências psíquicas causadas pela pandemia da Covid-19. O Guia está disponível para download no site: www.guiasaudemental.com.br.
Sob coordenação do psiquiatra, pesquisador e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Luis Augusto Rohde, o material reúne conhecimentos específicos e traz especialistas acadêmicos a fim de discutir temas relacionados à saúde mental. O teor do conteúdo traz uma abordagem abrangente, prática e humana do cenário atual sem deixar de lado o rigor científico.
“Em um cenário de incertezas, profissionais da saúde foram envoltos por rotinas exaustivas e de decisões custosas e lutaram corajosamente contra um vírus que permanece invisível: Covid-19. A pandemia é também uma demonstração poderosa do quanto confiamos nestes indivíduos altruístas e de quão vulneráveis somos quando eles, as pessoas que cuidam da nossa saúde, estão desprotegidos”, explica Elizabeth Bilevicius, neurologista e Diretora Médica da Viatris para o Brasil.
O guia traz temas como:
- A importância de cuidar de quem cuida, assinado por Cláudio Eizirik, médico psiquiatra e professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul;
- Lidando com cenários complexos: como tomar decisões num mundo polarizado, com dados científicos ainda em construção e assolado por fake news?, por Natália Pasternak, bióloga e membro do Comitê para Investigação Cética;
- A pandemia ceifando vidas: O luto pela perda dos pacientes e de pessoas significativas, por Samantha Brandes Paliativista, médica especialista em Clínica Médica, com área de atuação em Medicina Paliativa;
- As intervenções usadas para melhorar a saúde mental dos profissionais na linha de frente de combate da Covid-19: O que deu certo?, por Carolina Blaya Dreher, psiquiatra e pesquisadora do Hospital das Clínicas de Porto Alegre;
- Impacto da pandemia na saúde dos médicos e profissionais da saúde, por Margareth Dalcolmo, pneumologista e pesquisadora da Fiocruz;
- Pandemia de Covid-19, Burnout e Estresse Traumático, por Christian Haag Kristensen, psicóloga e especialista em stress pós-traumático da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul;
- Reflexo no pós-isolamento nas relações interpessoais e na sexualidade, por Carmita Helena Najjar Abdo, psiquiatra e especialista em Sexualidade pela Universidade de São Paulo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), houve um aumento de 25% na prevalência de ansiedade e depressão em pessoas de todo o mundo1. De acordo com a OMS, o Brasil lidera o ranking de casos de depressão na América Latina – mais de 11,5 milhões de brasileiros sofrem com a doença – e ocupa o topo do mais ansioso do mundo – cerca de 19 milhões de pessoas têm transtorno de ansiedade no país².
Além disso, segundo a pesquisa intitulada “Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19”, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a pandemia alterou significativamente a vida de 95% dos profissionais do setor que, há mais de dois anos, vêm trabalhando na linha de frente para combater o vírus. Deste número, 14% estão no limite do esgotamento com doenças mentais graves e prejudiciais, ainda de acordo com o estudo. As mudanças mais comuns identificadas pelos profissionais na sua rotina diária são perturbações do sono, irritabilidade, stress, dificuldade de concentração ou pensamento lento, perda de satisfação na carreira ou na vida, pensamentos suicidas e mudanças no apetite.