Na segunda-feira (8), a AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente – entregou mais um cachorro do projeto Genocão, que tem financiamento do FID (Fundo de Interesses Difusos), gerido pela Secretaria Estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania. O projeto é coordenado pela geneticista Mayana Zatz, conselheira da AACD. O programa tem como objetivo desenvolver um trabalho para treinar cachorros para exercer a função de cão-assistência às pessoas com deficiência.
A entrega ocorreu na Unidade Lar Escola (Rua dos Açores, 310, Ibirapuera), com presença do secretário adjunto da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Souto Madureira, do Superintendente Geral da AACD, Valdesir Galvan, e de outros representantes da diretoria da Instituição. Esteve presente também o adestrador do animal, Leonardo Toshimitsu Gravina Ogata, responsável por treinar o cão da raça Golden Retriever.
Batizado de Camaro, o animal auxiliará o pequeno Heitor Silva Chicrala, de 9 anos, diagnosticado com uma doença degenerativa que prejudica seus movimentos, elevando o risco de quedas. Segundo o adestrador, o cão foi treinado justamente para evitar esse tipo de acidente, auxiliando o menino a se levantar ou ter mais equilíbrio.
A interação entre pessoas com deficiência e cachorros já é conhecida. São comuns os cães-guias para cegos e até a visita de cachorros para alegrar os pacientes. Agora, a AACD faz um trabalho específico para a pessoa com limitações motoras. Os cães que são treinados precisam ser seguros, confiantes e terem certa sensibilidade ao toque e barulho.
Após serem identificados com esses aspectos, inicia-se a fase de socialização e educação do cachorro, que leva em média um ano para se concretizar e mais seis meses de treinamento para então aprenderem os comandos de obediência e fazerem alguns treinos específicos.
Em fevereiro de 2017, foi entregue o primeiro cão do programa. Batizado de Paçoca, o animal, uma fêmea da raça golden retriever, de dois anos de idade, foi doado ao paratleta Lucas França Couto Junqueira, da Seleção Brasileira Paralímpica de Rugby Masculino, que sofreu um acidente de mergulho na praia de Ponta Negra – RN, em janeiro de 2009, e ficou tetraplégico.