Em Goiás, escolas terão vacinação contra HPV e meningite C

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio da Gerência de Imunização e Rede de Frio, promove em março a vacinação dos adolescentes contra o HPV e contra a Meningite C nas escolas estaduais e municipais de todo o Estado. A ação, desenvolvida em parceria com as Secretarias de Educação do Estado e dos Municípios, e Secretarias Municipais de Saúde, será realizada durante todo o mês, como estratégia para intensificar a vacinação e, desta forma, proteger meninos e meninas contra essas duas graves doenças, preveníveis por meio da imunização.

A gerente de Imunização e Rede de Frio da SES-GO, Clécia Vecci, afirma que a vacinação ocorre como rotina em todas as 954 unidades básicas de saúde localizadas no Estado. A decisão de intensificar a imunização nas escolas foi definida para aumentar a cobertura vacinal. A estratégia tem a seguinte população alvo: 297.600 meninas de 9 a 14 anos e meninos 178.632 de 11 a 14 anos: para receber a vacina contra o HPV. E adolescentes de 11 a 14 anos (223.291) para receberem a vacina contra Meningite C.

A campanha de vacinação nas escolas tem finalidade de melhorar coberturas vacinais e proteger os adolescentes de doenças causada pelo HPV e Meningite C. Segundo Clécia, cada município definirá a estratégia da vacinação. A SES-GO, para esta campanha, enviou 42 mil doses dos dois tipos de vacinas às Secretarias Municipais de Saúde.

Clécia explica que a estratégia adotada para a realização da vacinação nas escolas públicas e privada possibilita excelentes coberturas vacinais, pois supera as muitas oportunidades perdidas para vacinar estes adolescentes nos tradicionais locais de atenção à saúde. Também amplia a oportunidade de conhecimento na prevenção desta doença, uma vez que as escolas colocam este tema em debate, fato que aumenta a adesão dos professores e dos pais das estudantes e consequentemente a taxa de consentimento para a vacinação de seus filhos”, afirma a gerente de Imunização.

Para adolescentes que tomarão a primeira dose nas Unidades Básicas de Saúde não há necessidade de autorização escrita ou acompanhamento dos pais ou responsáveis. Para a vacinação em escolas, caso o pai ou responsável não autorize a vacinação da adolescente, orienta-se que assine e encaminhe à escola o “Termo de Recusa de Vacinação contra HPV”, distribuído pelas Escolas antes da vacinação. Necessário à apresentação do Cartão de Vacinação do adolescente.

Adolescentes que completaram 15 anos e estão com o esquema incompleto para HPV podem se vacinar, apresentando o cartão de vacinas. Ressalta-se que para os adolescentes que iniciarão a primeira dose da vacina HPV aos 14 anos, a segunda dose deverá ser administrada com um intervalo mínimo de 6 meses e máximo de até 12 meses.

AS VACINAS

A vacina HPV quadrivalente fornece proteção para quatro subtipos do vírus (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacina. A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Estima-se que entre 25% a 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada pelo HPV.

Para os meninos a importância da vacinação é proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. Vale ressaltar que os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes.

Nas meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus. O vírus HPV é responsável por 95% dos casos de câncer de colo do útero, é o 2º tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e a 4ª causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

A vacina esta disponibilizada para meninas de 9 anos a menores de 15 anos de idade e meninos de 11 anos a menores de 15 anos de idade. Encontra-se disponível também para pessoas de ambos os sexos de 9 a 26 anos vivendo com HIV/AIDS e nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais – CRIE para indivíduos imunodeprimidos (indivíduos submetidos a transplantes de órgãos sólidos, transplantes de medula óssea ou pacientes com câncer).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) A OMS endossa o esquema vacinal de 2 doses com intervalo mínimo de 6 meses entre as doses. O esquema de 3 doses (0, 2 e 6 meses) é recomendado para indivíduos maiores de 15 anos e para aqueles que são infectados pelo HIV.

A vacina meningocócica C conjugada protege contra a doença invasiva causada pela Neisseria Meningitidis do sorogrupo C, este ano ela está disponibilizada para adolescentes de 11 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias). Para este grupo, administrar 01 reforço ou dose única, conforme situação vacinal encontrada.

Redação

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