Dados do Boletim Epidemiológico de Tentativas e Óbitos por Suicídio no Brasil, divulgado em 2017 pelo Ministério da Saúde, refletem o diagnóstico de que o suicídio é um problema de saúde pública. O documento apresentou que ocorreram 48.204 tentativas entre 2011 e 2016.
Segundo o Boletim Epidemiológico, a taxa média de suicídio entre idosos com mais de 70 anos, nos últimos seis anos, foi de 8,9 mortes por 100 mil habitantes, sendo que a média nacional é 5,5. Já entre os jovens de 15 a 29 anos, o índice médio registrado foi de 9 mortes.
Os principais fatores de risco para o suicídio são transtornos mentais, como depressão, alcoolismo, esquizofrenia; questões sociodemográficas, como isolamento social; psicológicos, como perdas recentes; e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica e neoplasias malignas.
Para conscientizar e alertar a população sobre essa realidade, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) gerenciados pela Organização Social de Saúde CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim), nos bairros Jardim Ângela e Capão Redondo, em São Paulo, realizarão palestras e rodas de conversa com orientações sobre prevenção, identificação e ajuda a pessoas com potencial para suicídio.
“Os debates são abertos a profissionais da saúde e à população, pois os serviços públicos de assistência têm papel fundamental na prevenção do suicídio. De acordo com o Boletim do Ministério da Saúde, o risco reduz em até 14% em locais onde existem ações de prevenção do SUS”, afirma Fabiana Cury, psicóloga do CEJAM.
Para participar das palestras e rodas de conversa, basta consultar a UBS e o CAPS mais próximo, nos bairros Jardim Ângela e Capão Redondo, para conferir as datas e os horários de cada evento. A relação de unidades gerenciadas pelo CEJAM está disponível em cejam.org.br/portal/onde_atuamos/sao_paulo.
