Sírio-Libanês dará treinamento a 60 UPAs sobre identificação e tratamento da sepse

A Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês, em parceria com o Ministério da Saúde, deu início a um projeto de capacitação para identificação e tratamento precoce da sepse (infecção generalizada) em pacientes adultos em Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) de 15 estados e o Distrito Federal. O projeto conta ainda com o suporte do Institute for Healthcare Improvement (IHI) e do Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS), responsáveis pelo acompanhamento dos resultados a serem apresentados pelas UPAs.

“O objetivo desse programa é implementar melhorias de processos que permitam aos profissionais de saúde identificar quando o paciente já chega à UPA com sepse e agilizar o seu tratamento”, explica Dr. José Mauro Vieira Junior, Diretor do Instituto de Qualidade e Segurança do Sírio-Libanês e responsável pelo projeto.

A seleção das UPAs foi feita pelo Ministério da Saúde, que também se responsabilizou pelos critérios para a definição da escolha. No total, foram selecionadas 60 UPAs localizadas em Alagoas (três unidades), Bahia (seis unidades), Ceará (seis unidades), Distrito Federal (uma unidade), Espírito Santo (duas unidades), Goiás (seis unidades), Maranhão (uma unidade), Minas Gerais (dez unidades), Pará (três unidades), Pernambuco (cinco unidades), Piauí (duas unidades), Paraná (cinco unidades), Rio de Janeiro (duas unidades), Rio Grande do Sul (três unidades), Santa Catarina (duas unidades) e São Paulo (três unidades).

A equipe do Sírio-Libanês já realizou visitas de diagnóstico em sete UPAs indicadas pelo Ministério da Saúde para compreender sua condição e, assim, programar as medidas necessárias para desenvolvimento do projeto. No próximo dia 29 de maio, será realizada uma reunião virtual com a presença de representantes de cada uma das UPAs, equipe do Hospital Sírio-Libanês, IHI e ILAS, para discutirem os passos iniciais do projeto.

Entre as medidas que serão implantadas nas UPAs para a capacitação no reconhecimento e tratamento precoces da sepse estão o rastreamento da condição de casos suspeitos, a implementação de protocolo para administração precoce de antibióticos e o treinamento de equipe de alta performance capacitada para abordagem da sepse, por exemplo. O treinamento inclui as medidas desejáveis (coleta de culturas, exames laboratoriais, administração de antibióticos, reconhecimento das falências orgânicas e seu tratamento) que, sabidamente, quando empregadas adequadamente, contribuem para evitar a mortalidade.

“O programa terá duração de um ano e meio, devendo terminar em 2020, e até lá queremos aumentar a adesão às boas práticas, contribuindo para a redução da mortalidade da sepse, que está ao redor de 55% nos hospitais brasileiros, quase o dobro do que é encontrado em países desenvolvidos”, explica Dr. José Mauro Vieira Junior, acrescentando que em julho deverá ser realizada uma grande reunião presencial, em São Paulo, com representantes de todas as UPAs, Sírio-Libanês, IHI e ILAS, para discutir os processos que precisam ser implementados, aplicando a ciência da melhoria.

Redação

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