AME Jundiaí identifica dissecção aguda de aorta em paciente

Durante a realização de um exame de rotina, a equipe médica do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Jundiaí (SP), administrado pelo Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL), identificou uma dissecção aguda de aorta – uma espécie de descolamento das camadas da parede da aorta, o maior vaso sanguíneo do corpo humano.

“Essa é uma emergência médica rara e extremamente perigosa. Se não for detectada e tratada a tempo, a dissecção da aorta pode ser fatal, em pouquíssimo tempo. Alguns casos, em até 24 horas, outros em duas semanas. Isso porque quando a dissecção ocorre, existe a possibilidade de a aorta se romper, causando morte súbita”, explica a médica cardiologista, Dra. Carolina Mattos.

O paciente no qual a dissecção foi identificada, o auxiliar de serviços gerais Edvaldo Rosa dos Santos, de 61 anos, foi realizar um ecocardiograma transtoráxico ambulatorial devido ao seu histórico de hipertensão arterial, tabagismo e diabetes.

Ao realizar o ecocardiograma, a médica observou um aneurisma na aorta com separação das camadas interna e externa. A dissecção acontece quando o revestimento interno da aorta se rompe, fazendo com que o sangue passe a fluir por entre essa camada e a externa e isso pode causar uma obstrução ou rompimento da aorta.

Imediatamente o paciente foi colocado em uma cadeira de rodas, para que não fizesse esforço e conduzido para a sala de emergências, e chamada a ambulância do SAMU para o transporte do paciente até o hospital de referência. Ele foi operado em caráter de emergência, com reconstrução de toda a aorta toráxica. O diagnóstico precoce foi fundamental para salvar a vida do paciente.

“É uma doença rara, mas esta condição pode ser mais comum em homens a partir dos 60 anos, principalmente se existir hipertensão arterial desregulada, aterosclerose ou outro problema cardíaco associado”, alerta a médica. O diagnóstico se inicia com o exame clínico, fazendo diagnóstico diferencial de dor torácica e pode-se usar os métodos diagnósticos de imagem, como o ecocardiograma, explica Dra. Mattos.

Redação

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