Novos procedimentos oferecem maior qualidade de vida a pacientes com arritmia cardíaca

O Hospital e Maternidade Christóvão da Gama (HMCG), em Santo André (SP), está realizando dois novos procedimentos cirúrgicos, que proporcionam melhor qualidade de vida a pacientes que sofrem de arritmia cardíaca. A doença atinge cerca de 20 milhões de pessoas e é responsável por mais de 320 mil mortes súbitas todos os anos no Brasil, conforme dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).

A arritmia provoca alteração na geração ou na condução do estímulo elétrico do coração e pode provocar modificações no funcionamento do órgão. Os procedimentos para o tratamento e prevenção, que se baseiam no estímulo elétrico para correção dos batimentos, vêm evoluindo ao longo dos anos, com a utilização de novas técnicas e dispositivos.

Um deles é o “implante de cardiodesfibrilador subcutâneo”, uma espécie de marcapasso que previne a morte súbita por arritmia, colocado sob a pele. Isso evita a necessidade de utilização de eletrodos dentro do coração, como ocorre com marcapasso convencional, e pode levar a problemas de curto prazo, como o deslocamento do dispositivo, ou de médio e longo prazos as infecções e disfunções cardíacas.

“O implante subcutâneo é uma inovação que vem sendo amplamente difundida no mundo e já teve sua eficácia na prevenção de mortes por arritmia, comprovada cientificamente através de grandes estudos”, afirma o Dr. Vinícius Pinheiro Santos, cardiologista do Hospital e Maternidade Christóvão da Gama.

O HMCG também realiza a Estimulação Cardíaca Hissiana, uma técnica recente para implante do marcapasso convencional. Nesse caso, o eletrodo que seria instalado no ventrículo direito é implantado em um dos elementos do sistema de condução cardíaca “o Feixe de His”, uma estrutura de bifurcação que leva estímulos específicos para cada ventrículo.

Segundo o cardiologista Dr. Wallyson Pereira Fonseca, essa nova técnica permite uma estimulação mais sincronizada entre os ventrículos direito e esquerdo, reduzindo a chance de dilatação do coração e a insuficiência cardíaca, que podem ocorrer em uma parcela importante dos pacientes com marcapasso implantado da forma tradicional.

Dr. Wallyson esclarece que a Estimulação Cardíaca Hissiana surgiu como mais uma opção de tratamento em pacientes que já apresentam insuficiência cardíaca. “Os resultados são promissores quanto à recuperação da função cardíaca e, consequente, à melhora de sintomas e da qualidade de vida”, avalia.

Redação

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