Médicos e enfermeiros de todo o país estão enfrentando desgaste e fadiga ocupacionais devido ao aumento do estresse causado pela pandemia da Covid-19. Uma equipe de pesquisadores e profissionais médicos da Universidade A&M do Texas e do Hospital Metodista de Houston estão trabalhando juntos para combater duas aflições: Coronavírus e a tensão mental sofrida por profissionais médicos.
Em um artigo publicado recentemente na revista Anesthesia & Analgesia, o Dr. Farzan Sasangohar, do Houston Methodist Hospital, descreve os efeitos da fadiga e do burnout em trabalhadores de unidades de terapia intensiva (UTI), e as etapas que podem ser tomadas para atenuar esses sintomas. Sasangohar diz que “a pandemia de Covid-19 exacerbou um problema já existente em nossos sistemas de saúde e está expondo as implicações perniciosas do esgotamento de profissionais”.
Ansiedade e preocupação com as perspectivas de carreira futura e com a economia em geral também podem levar ao esgotamento de profissionais da saúde. As cirurgias eletivas foram canceladas ou atrasadas, causando estresse financeiro em alguns médicos. Outros, que não são diretamente afetados por dificuldades financeiras, podem estar preocupados com seus entes queridos ou com sua própria família e com o modo como enfrentarão a recessão econômica que se aproxima.
As recomendações dos pesquisadores para reduzir a fadiga e fadiga dos profissionais da saúde incluem:
– Planos de pandemia devem incluir orientações para que os setores relevantes façam a transição rápida para a produção de suprimentos médicos necessários;
– Planos nacionais e regionais de mitigação de desastres para ajudar a reduzir o tempo necessário e fornecer equipamentos e testes necessários;
– Fornecimento de número adequado de kits de teste e equipamentos de proteção individual;
– Treinamento em gestão e resposta a desastres para profissionais médicos;
– Uso de sensores vestíveis para monitorar a saúde mental dos profissionais de saúde e fornecer maneiras simples de reduzir a ansiedade e o estresse.
“Há muito a aprender com a resposta à Covid-19”, disse Sasangohar. “Em nossa abordagem, usamos um enfoque de sistemas multidisciplinares para aprender, não apenas com falhas e deficiências, mas também com adaptações bem-sucedidas e intervenções improvisadas nos níveis individual, de equipe e de sistema para melhorar nossa resiliência”.
Rubens de Fraga Júnior é professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie Paraná