A Associação Viva e Deixe Viver (Viva), organização da sociedade civil (OSC) que congrega 1,3 mil voluntários responsáveis por contar histórias em 86 hospitais do país, promove a 13ª edição do workshop “A Descoberta do Brincar e Contar Histórias Terapêuticas”. O evento acontece nos dias 16 e 17 de outubro, das 9h30 às 12h25, totalmente redesenhado para o formato online por conta da pandemia da Covid-19. O novo modelo possibilita o acesso remoto para pessoas de todas as regiões do Brasil.
A programação tem o intuito de reforçar a importância do brincar e da contação de histórias como atividade terapêutica; incentivar a prática de atividades lúdicas no tratamento de crianças e adolescentes com transtornos mentais; e aproximar a sociedade civil dos profissionais de instituições de referência. Voltado a estudantes, voluntários e profissionais da saúde e do terceiro setor, o workshop oferece certificado aos participantes e uma programação com palestras, oficinas e roda de conversa.
O tema central foi definido a partir da pesquisa “O Brincar como Atividade Terapêutica nos Tratamentos Psiquiátricos de Crianças e Adolescentes”, feita com familiares e pacientes do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Baseado na percepção dos pais com relação a coordenação motora, intelectual e afetiva dos pacientes, o estudo revelou a importância da necessidade de preparar profissionais da saúde e educação por meio de métodos e ferramentas efetivas para lidar com crianças e adolescentes que sofrem de transtornos mentais.
No primeiro dia de programação, o grande debate será sobre “A Importância da Contação de História Terapêutica como Prática Educativa”, com presença de Regina Szylit, diretora da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE-USP); Valdir Cimino, fundador da Viva e Deixe Viver; e Enio Andrade, diretor do Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência (Sepia) do Hospital das Clínicas.
Já no dia 17, o debate gira em torno do tema “Como o Brincar e a Brincadeira Beneficiam o Desenvolvimento da Aprendizagem e da Criatividade”. No argumento, duas grandes e experientes profissionais do setor: Marisol Sendin, pediatra e coordenadora da Brinquedoteca do Ipq-HCFMUSP, e Telma Pantano, fonoaudióloga e psicopedagoga do Ipq-HCFMUSP.
O fundador da Viva, Valdir Cimino, que também atua como voluntário contador de histórias em diferentes hospitais de São Paulo, acredita que o ato de brincar com pacientes que sofrem de patologias mentais traz benefícios além do entretenimento. “Os relatos dos cuidadores apontam melhorias de ordem motora, intelectual e afetiva. Esse resultado corrobora uma convicção pessoal, construída em 23 anos de experiência com a contação de histórias, nos motivando a persistir e fortalecer cada vez mais nossos esforços em levar o nosso trabalho para a psiquiatria”, ressalta. Cimino enfatiza ainda que a história oferece às crianças diversos caminhos de reflexão sobre sentimentos difíceis, permitindo assumir um novo modo de lidar com diferentes situações e se relacionar com alguém ou com algo em sua vida.
Para participar, basta se inscrever pela internet: www.vivaedeixeviver.org.br/xiii-workshop-a-descoberta-do-brincar-e-contar-historias-terapeuticas. O investimento é de 60 reais, para o público em geral, e 30 reais para estudantes, colaboradores do complexo do Hospital das Clínicas e voluntários da Associação Viva e Deixe Viver. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3081-6343, no website da entidade (www.vivaedeixeviver.org.br) ou escrevendo para site@vivaedeixeviver.org.br.
O evento conta com apoio do Instituto Helena Florisbal (IHF), que, desde 2015, atua como parceiro da Viva nesta atividade, do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), bem como da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE-USP).