Médias móveis de casos e mortes por Covid-19 caem em Campinas

As médias móveis referentes aos casos e às mortes por Coronavírus na RMC – Região Metropolitana de Campinas (SP) sofreram queda de 44,14% e 27,08%, respectivamente, em relação aos 14 dias anteriores a 5 de novembro, última data em que o governo de São Paulo divulgou as notificações atualizadas da doença. O Estado alega problemas técnicos para repassar os dados (VEJA NOTA COMPLETA).

Até 5 de novembr, dois dias antes do encerramento da 45ª Semana Epidemiológica, as médias móveis de casos e óbitos também se apresentaram decrescentes no Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-Campinas) e no município de Campinas, epicentro da pandemia na região. As variações foram negativas em 24,18% e 36,20% para o DRS-Campinas; já na cidade campineira, a diminuição de infecções e mortes, nesta ordem, foi de 39,40% e 37,50%, comparando-se aos 14 dias anteriores.

De acordo com o Dr. André Giglio Bueno, infectologista do Hospital PUC-Campinas e docente da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas, os dados disponíveis até o momento mantêm indícios de manutenção do cenário de estabilidade e queda na região. Ele lembra que a taxa de ocupação de leitos de UTI permanece abaixo dos 60% e cita estimativas do último boletim InfoGripe, que apontam tendências consistentes de diminuição das contaminações tanto no curto (3 semanas) como no longo prazo (6 semanas).

Mesmo com as reduções nas últimas semanas, o especialista diz que os municípios estão tendo o desafio de conciliar uma retomada das demandas habituais de consultas, internações, exames e cirurgias, dada a constante atenção à situação local da pandemia. “Sendo assim, em tempos de eleições e divulgação de diversas propostas para a área da saúde, é importante que essas questões sejam encaradas como prioridade, visto que muito provavelmente seguiremos convivendo com o vírus Sars-CoV-2 pelo menos durante o próximo ano inteiro”, avalia.

O economista Paulo Oliveira, que coordena as análises referentes à Covid-19 pelo Observatório PUC-Campinas, reforça que a pandemia também tem deixado marcas na economia da região. O fim dos programas de renda, como o auxílio emergencial, trará impactos ainda mais expressivos no consumo das famílias, considerado fundamental para a retomada econômica.

“A recuperação da economia depende da capacidade do consumo das famílias, da retomada da economia internacional e da política de gastos púbicos. Do ponto de vista do consumo, além da extinção do auxílio emergencial, prevista para janeiro, há expectativa sobre o resultado do fim das reduções de carga horária e salários e da suspensão de contratos. Caso sejam convertidos na manutenção dos postos de trabalho, com recuperação dos rendimentos, a retomada pode ser mais rápida”, afirma o professor extensionista.

Os dados da Covid-19 na RMC podem ser obtidos no Painel Interativo do Observatório, pelo site observatorio.puc-campinas.edu.br/covid-19/.

Redação

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