Arritmia grave pode ser curada com procedimento inovador

Você sabe qual a frequência cardíaca ideal? Segundo os cardiologistas, ela pode variar. Em adultos, em repouso, considera-se normal de 50 a 100 batimentos por minuto. O ritmo pode ser alterado durante a prática de esportes ou em resposta a eventos e situações estressantes. Os médicos consideram anormais (ou anômalos) batimentos cardíacos cujas frequências são muito rápidas, muito lentas ou com origem em outras estruturas cardíacas. Nos casos mais graves, eles recomendam procedimentos cirúrgicos para eliminar a doença, uma vez que ela pode causar parada cardíaca, AVC e até morte súbita.

Este era o caso do L.D.A.C, 45 anos, portador de uma anomalia genética rara, que sofria diariamente com taquicardia ventricular incessante refratária a associação de diversas medicações. Depois investigação médica abrangente e uma tentativa de ablação, uma técnica pouco comum na medicina mudou a sua vida. Operado no último dia 5 de maio, no Instituto Orizonti – o mais novo hospital geral de Belo Horizonte (MG), ele comemora 7 dias sem nenhum episódio de arritimia cardíaca. O cardiologista e especialista em Arritmia e Eletrofisiologia, André Carmo, explica que já haviam tentado, sem sucesso, há cerca de 6 meses, uma ablação (procedimento que pode curar diversos tipos de arritmia). Por meio de um tubo fino (cateter) capaz de aplacar radiofrequência, ele alcança o coração para cauterizar os focos da arritmia.

Dessa vez, o procedimento foi bem-sucedido. A diferença está na infraestrutura que, com dois cateteres, permitiu uma aplicação simultânea de radiofrequência. A técnica é imprescindível para os casos em que a cicatriz no coração está em uma localização pouco acessível para as técnicas convencionais. Com dois cateteres simultâneos, por dois acessos diferentes, aumentou-se a corrente de radiofrequência a fim de homogeneizar a cicatriz e interromper a arritmia. “Utilizar dois catéteres ao mesmo tempo fez toda a diferença. A técnica é simples, mas não é fácil conseguir cateter de doação para fazer ao mesmo tempo. Em menos de 3 horas de procedimento, com uma equipe médica relativamente pequena de 3 profissionais, conseguimos curar um paciente de uma doença séria e grave que pode levar à óbito. Agora é só continuar acompanhando o paciente, comentou o médico.”

Redação

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