Principal categoria hoje entre as healthtechs brasileiras, startups com soluções de Gestão e PEP tiveram um boom na última década e têm potencial para crescer, comparando-se o mercado nacional ao estrangeiro. É o que mostra o Inside Healthtech Report, relatório mensal produzido pela plataforma aberta de inovação Distrito.
Segundo o relatório, as healthtechs de gestão e PEP são antigas e existem desde antes de 2000, mas nos últimos dez anos proliferam soluções para o setor: 193 novas empresas surgiram desde 2011, sendo que até então apenas 45 haviam sido criadas desde 1986. As mais antigas pivotaram ou se modernizaram, estando hoje em pleno crescimento. Hoje as healthtechs de Gestão e PEP representam a maior fatia do setor (31,2%), seguidas pelas dedicadas ao acesso à saúde (15%) e telemedicina (12,28%).
Nos últimos anos, organizações de saúde injetaram bilhões de dólares nesse mercado lá fora. Entre os principais investidores estrangeiros estão a empresa de capital de risco Battery, a de private equity Bluff Point Associates e o fundo de dívida Western Technology Investments. Com o mercado já saturado, começam a surgir lá fora soluções cada vez mais nichadas e de saúde domiciliar, entre outras. Em contrapartida, no Brasil, o setor ainda tem muito espaço para crescer, considerando que um terço das equipes da rede pública de saúde do país não tem acesso a prontuários eletrônicos.
O Inside Healthtech também traz os números de investimentos em startups de saúde no geral. Até agora, em 2021, foram US$ 122,4 milhões aportados em 27 deals, além de 7 fusões e aquisições. O Distrito mapeou 782 healthtechs em 14 categorias.