Hospitais do futuro terão estrutura flexível, sistemas robóticos e soluções online para contato médico-paciente

Entrar em um hospital e dar de cara com um robô no futuro não será nenhuma surpresa. Muito menos falar com o médico por meio de sistema online sem perder tempo na sala de espera. Ou fazer um cadastro usando um totem, a exemplo do que ocorre nos aeroportos. Essas são algumas soluções que deverão estar presentes nos hospitais do futuro como aponta o consultor Marcelo Boeger que vai falar sobre o tema no 7º HIS – Healthcare Innovation Show (HIS),  evento online entre 21 e 23 de setembro, que vai reunir cerca de 200 especialistas para discutir a inovação e a tecnologia aplicadas à saúde.  “Certas iniciativas já estão em funcionamento ou mesmo em fase de teste em alguns hospitais de ponta, mas não são muito comuns”, explica Boeger.

Segundo ele, a pandemia acelerou a implementação de diversos projetos que antes eram incipientes ou encontravam resistência, seja do ponto de vista da regulação ou dos profissionais do setor. É o caso da telemedicina, que mostrou sua eficácia para evitar a transmissão do novo Coronavírus, devendo agora e cada vez mais, fazer parte do dia-a-dia do setor.

O conceito do hospital sem paredes também passou a ser uma premissa, após a crise sanitária. O método construtivo criado a partir deste conceito permite mudar quartos em unidades de terapia intensiva (UTIs), enfermarias em quartos, salas de espera em unidades.

A renovação hospitalar passar também pela tecnologia. Na pandemia, robôs foram usados para descontaminar alas usando raios ultravioletas do tipo C. Carrinhos robôs autônomos – que fazem o transporte vertical para coleta de resíduos, enxoval sujo e transportam carrinhos de alimentos e distribuem roupas limpas nos andares – estão consolidados há pelo menos dez anos em diversos países, racionalizando processos e reduzindo custos.

Já estão em testes sistemas que permitem à equipe médica conversar com o familiar, de forma remota, para fornecer informações do paciente em UTI. Esses sistemas foram desenvolvidos por startups que surgiram durante a pandemia. Assim, a pessoa obtém informações de forma mais ágil, pode tirar suas dúvidas, com uma série de benefícios agregados, dando privacidade ao número de celular dos profissionais e criando um prontuário afetivo, onde o familiar pode oferecer informações sociais e pessoais sobre suas preferências, receios e desejos.

Redação

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