De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deve registrar 625 mil novos casos de câncer ao ano no triênio 2020-2022. Cerca de 41 mil brasileiros serão diagnosticados com tumores colorretais. No entanto, o segundo tipo mais comum de câncer, tanto em homens como em mulheres — depois de próstata e de mama, respectivamente —, é também um dos mais fáceis de se prevenir.
Um dos principais mecanismos para a prevenção e diagnóstico da doença é a colonoscopia. O exame captura imagens em tempo real do intestino grosso e da porção final do intestino delgado, rastreia tumores, permite identificar pólipos e, agora, também é um procedimento para a retirada dessas lesões. Os pólipos são provocados pelo crescimento desordenado das células do tecido do órgão e, se não tratados, podem evoluir para um tumor.
“Em muitos casos, com a colonoscopia terapêutica avançada, não necessitamos de cirurgias mais complexas para a remoção de pólipos ou lesões restritas à mucosa do intestino. Estamos observando inúmeros benefícios como a não necessidade de internação e do uso da anestesia geral”, explica a chefe do Serviço de Coloproctologia do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), Heloisa Guedes Mussnich. Ela acrescenta que o avanço, além de permitir procedimentos menos invasivos, reduz o risco de infecções.
Para discutir essas transformações no modo de tratar o câncer colorretal, a Faculdade de Ciências da Saúde do Hospital Moinhos de Vento promove o II Simpósio de Colonoscopia Terapêutica. O evento online e gratuito acontece no sábado (16), integra o projeto Moinhos Science Symposium e terá a coordenação do médico coloproctologista da instituição Rafael Castilho Pinto.
A transmissão ao vivo pode ser acompanhada pelo canal da Faculdade Moinhos no YouTube, das 8h30 às 11h15. Os interessados devem se inscrever no site do hospital.