Artigo – Automação de processos: como a tecnologia pode ajudar cotidiano dos pronto atendimentos

A gestão do fluxo de pacientes no pronto atendimento é uma tarefa desafiadora e que envolve diversas etapas – desde a chegada do paciente, à triagem e ao momento da alta, tudo é uma questão de tempo e organização. Quando mal gerido, esse fluxo pode resultar em filas de espera, superlotação e mau desempenho no atendimento. Diante desse cenário, é essencial conhecer o processo real e criar soluções que otimizem a rotina do pronto atendimento, para que os entraves de tempo sejam corrigidos e o serviço ocorra com mais fluidez.

Um primeiro questionamento a ser feito para saber se o PA tem um bom desempenho está relacionado à mensuração de indicadores. Quais são as taxas de evasão, de readmissão e de tempo de permanência, por exemplo? De acordo com uma pesquisa realizada na USP, 23,9% dos casos de readmissão de pacientes em serviço hospitalar de emergência estavam relacionados ao diagnóstico de base recebido. Claro que fatores socioeconômicos, de idade e a adesão ao tratamento influenciam nessas taxas. Porém, será que a falta de um diagnóstico preciso não é um problema que poderia ser mitigado com um gerenciamento focado na qualidade do cuidado ao paciente?

Criar estratégias para solucionar essas questões torna-se essencial e, para isso, é preciso avaliar alguns pontos, como o tempo levado até a triagem, o atendimento, entre as etapas de apoio e de tomada de decisão médica. A variabilidade de cada atendimento e as taxas de evasão, retorno, permanência e mortalidade também precisam ser monitoradas.

Como a tecnologia auxilia no gerenciamento de indicadores do Pronto Atendimento

Apesar do monitoramento ser fundamental, a falta de automação nesse processo pode ser um problema, já que fazê-lo de forma manual é muito difícil. É por isso que a tecnologia entra nesse cenário como uma forma de auxiliar no gerenciamento de indicadores que refletem diretamente no fluxo de pacientes no PA. Para isso, primeiro é preciso contar com uma solução em que podemos informar e armazenar os dados dos fluxos de trabalho.

Depois, é possível se beneficiar de ferramentas que façam um mapeamento dessas informações para visualizar onde os tempos estão fora da conformidade, entender onde estão os gargalos e em quais etapas está o maior problema do seu fluxo de atendimento. Esse tipo de solução melhora os processos internos, dando mais autonomia e produtividade aos profissionais, melhora o cuidado ao paciente, faz uma melhor gestão dos fluxos de atendimento e aumenta a satisfação dos atendidos.

Isso significa que, ao final do dia, os gestores têm um cenário menos caótico no PA, profissionais com melhor qualidade de trabalho, maior segurança aos pacientes, redução do tempo de espera para atendimento e de custos assistenciais. Além de ajudar na diminuição das taxas de retorno, evasão, mortalidade e permanência.

Ou seja, quando falamos da otimização do fluxo de pacientes no Pronto Atendimento, falamos diretamente da gestão do tempo e indiretamente de outros indicadores que impactam o dia a dia de uma unidade de saúde. Por isso, o investimento em soluções tecnológicas que melhoram o cotidiano dos PAs tende a ser uma verdadeira revolução nesse cenário.

 

Natália Hoerlle é Coordenadora de Educação na UpFlux, primeira plataforma de Process Mining da América Latina. Enfermeira e pós-graduanda em MBA em Gestão, Inovação e Serviços em Saúde na PUC-RS e MBA em Data Science e Analytics – USP/ESALQ. Na UpFlux, Natália atua disseminando o poder da solução de Process Mining e guiando interna e externamente pessoas sobre o uso da ferramenta e sua aplicação nos serviços de saúde

Redação

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